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O malabarista do semáforo
Os cocos verdes
são lançados ao ar
pelas ágeis mãos
do menino maltrapilho
Impressiona o
seu malabarismo
dia-após-dia,
buscando moedas
No semáforo do Méier
segue o menino
deve contar
uns quinze anos
Alguns sequer
abrem o vidro da janela
a arte se mistura à fome
de comida e cola
(não necessariamente nesta ordem)
Outros recriminam
balançam a cabeça
de forma negativa,
ou simplesmente ignoram
Mas, há os que se compadecem
daquela alma perdida na rua
com seus cocos e bolsos vazios
descalço sobre o asfalto
AjAraújo, o poeta humanista, escrito em setembro de 2010.
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O malabarista do semáforo
Ainda hoje, como um relógio suiço, este jovem desafortunado bate ponto
diariamente no semáforo da rua onde moro, fazendo das travessuras com
os cocos o seu meio de ganhar o pão e, infelizmente a droga.