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O Mendigo
Por ruas, vagas a procura de algo alguma coisa
Errante das madrugados, de lixo a lixo vai à busca
Buscas comida roupa um quente sapato talvez
Olho-te e vejo olhos vermelhos cansados lábios secos
Face contraída parecendo o horror viver nada dizes
Desconfiado me evitas, disfarça medo se ve
Alma ferida pela presença curiosa e indesejada
Talvez lembre sonho perdido ilusão craquelada
Alma desconfiada lembrança perdida no passado
Destruída por o que nunca saberei alvejada de dor
Curiosa de fixo olhar busco saber o que ele esta a querer
Mão tremulas tentam algo segurar corpo dentro da lixeira esta
Disfarçar procuro olhar, criança passa a caçada descendo
Pergunto-lhe se vai brincar, resposta tenho ligeira
No olhar da criança medo pavor a demonstrar
Pego sua bola e chuto, mendigo a olhar para nós
Tranquilo me parece ficar agora continua a procurar
Uma busca do que sem olhar sentir quero saber
O que o mendigo esta a buscar tempo passa e nada acha
Outra lixeira vai investigar, já sem mais nos olhar.
Comum na Sociedade Moderna e poucos olham.
:-o Leu não gostou, não comente.
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Poesia :
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Comentários
Re: O Mendigo
Marialds,
Quem poderia não gostar de ouvir verdades?
A pobreza, o mendigo descrito aqui, com tanta riqueza de detalhes, fazem com que pensemos a que ponto chegou a humanidade. Que Deus abençoe todos que lerem seu poema e que eles também possam enxergar a realidade que o mundo tenta esconder. Parabéns! seu poema é lindo e serve para abrir os olhos daqueles que fingem não ver essa realidade. Quisera que todos fossem capazesn de expressar seus sentimentos dessa maneira. Parabéns!!!
Re: O Mendigo
marialds!
Me passa, que a vida é um eterno buscar, em todas as camadas sociais!
MarneDulinski
Re: O Mendigo
Sabe, Sr. marne, fiz uma poesia do vi, mas sua interpretação dela foi excelente, realmente todos buscamos alguma coisa em algum lugar, nem Freud talvez tivesse percebido esta interpretação.