O que sei eu?

Perdido numa encruzilhada da vida,
Prossegui nos trilhos
De uma existência
Sem fim

Pelas esquinas do tempo,
Sempre perfilada no horizonte longínquo,
A luz,
Eterna promessa de mim

Mas se não amo,
Não canto,
Não bebo, nem danço…
O tempo parado
Nessa promessa tornada vã

Penso e penso…
Procuro saber de mim,
Procuro saber de tudo
De tanto querer saber,
Quedo-me confuso

Complexidades inexactas
Em papel vertidas…
Etéreo, celestial, profundo…
Pinceladas de um evento escrito,
Aleatório sentir

No fim de tudo,
A verdade
Tornada simples e crua
Como um número

Na petulância de um fútil saber
Enfim…
O riso que se apaga
Como se pagam
As velas de um candelabro.