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O soldado marcha
Ninguém verá mal algum vindo de mim
nem gozo nas vidas que tiro
nem alegria nas aldeias que queimo.
Sou a penas o dedo no gatilho
Movo-me por uma vontade que não é a minha
luto por ideais que não são os meus
em nome de caras que não se dão.
No corpo trago a bandeira do meu país
ás costas carrego a honra dos meus pais
e nas botas o sangue dos seus inimigos.
Sei que Deus me acompanha na minha marcha
mas é um inferno que me aguarda.
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segunda-feira, julho 16, 2012 - 23:07
Poesia :
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Rafael Neves
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