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Os velhos também uivam
Era um desejo misterioso
pregado no olhar
Um testemunho mudo atormentado
tentava entrar,
ameaçando semear epitáfios.
Perguntou-me: Se algum dia,
não muito longe daquele,
o vento ainda iría preservar algum interesse nele.
Certas disposições que não largam pessoas parecidas
que não temem o cheiro da naftalina entranhada
na pele, enrugada pela corrida contra o tempo:
Onde é a meta? Onde é? – Perguntou.
Partilhamos então, as nossas tristezas de estimação
Eu… Acalentei o vento que me ofereceu
que um dia iria fazer-me correr
com os lobos no meio da neve.
Lamentarei para sempre
Se não o fizer
Sinceramente.
(como ele o fez…)
Para o senhor que partilhamos momentos eternos
Este poema surgiu num encontro ocasional com uma pessoa tão antiga quanto o tempo.
foi amor à primeira vista. Daqueles amores que não tem explicação,surge de repente e apesar de ser novo é como sempre estivesse presente.
Partilhamos em breves momentos,o que pouco vivemos e o tanto que tinhamos para viver, foi o passado que certamente partilamos, mas não estavamos certos, foi o presente daquele momento e a certeza que o futuro, algures esperava por nós...na neve, a uivar.
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Comentários
Re: Os velhos também uivam
O tempo não apaga as pessoas que ficam no nosso coração.
E tornar a vê-las é mais que bom, é óptimo, é apaixonante.
Gostei do bonito poema MariaTreva!:-)
Bjs
Re: Os velhos também uivam
Sábios de idade são conforto dos dias que se seguirão. Caem os medos, desfazem-se os mitos. Uivar é bom, a solo ou em companhia, na neve ou no estio. Haja uma boa lua cheia a servir de tecto...
Bja