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Pétalas sobre o ataúde

A chuva fina,
em meio à neve em flocos,
no cenário de negros casacos,
dos parentes inconsoláveis.

O gramado em verde relva,
pra acolher em plena primavera,
o corpo de uma nubente princesa
tolhida dos encantos da vida

A gente olhava desolada
o ataúde, em sua abertura,
o rosto de quem parecia dormindo,
e até ontem corria pelo campo.

Por mais explicações nos tragam
É difícil aceitar que da árvore deixem
os brotos em plena floração
e se lancem assim ao chão

Sem que cumpram a sua missão,
feito uma estrada interrompida,
por uma tormenta típica de verão,
uma inversão da natureza da existência.

Mais lamentável ainda quando se pensa
no destino inexorável que leva à morte,
quando jovens se abrem ao consumo da droga,
em busca de uma falsa rebeldia e fantasia.

Me debruço uma vez mais em oração,
Com os olhos marejados de emoção,
Ao ver os pais lançarem pétalas
Ornamentando o jardim da eterna casa.

AjAraújo, o poeta humanista, escrito em maio de 2010.

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segunda-feira, maio 10, 2010 - 20:46

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AjAraujo

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Me debruço uma vez mais em

Me debruço uma vez mais em oração,
Com os olhos marejados de emoção,
Ao ver os pais lançarem pétalas
Ornamentando o jardim da eterna casa.

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