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PAISAGEM EXANGUE
Tudo é breu:
O cotidiano
Transmuda-se na chuva ácida
Que pulveriza por completo
Sonhos forjados por aço, diamantes e ferro.
Tudo é bruma que cega:
A esperança fica estéril
Ao perder a sua centelha eterna
Para o alucinógeno e deletério
Oxigênio da guerra.
O caminho
São zilhões de labirintos prenhes de maledicência:
Neles, o imensurável deserto
Nos espreita: sedento por nossa alma,
Verve e consciência.
Queria ser um parlapatão ou um espantalho
Para que me mantivesse indiferente ao teatro.
No entanto a redoma de mim se despoja,
Deixando a minha retina ser ferida
Pela tétrica realidade belicosa.
JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA
http://www.myspace.com/nirvanapoetico
• http://twitter.com/jessebarbosa27
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Comentários
Re: PAISAGEM EXANGUE
Olá,jessebarbosa27,
As pessoas,às vezes, acham que o poeta é um arauto da desgraça.Uma ave agourenta que só atrai o mal e a
dor.No entanto, o poeta é só um ser sensível à realida
de que o cerca e à projeta em suas poesias, para que a
humanidade possa refletir sobre o rumo perigoso que es
tá tomando.Sua bela obra é um exemplo disso.Só a tua retina está ferida.A minha também.
Re: PAISAGEM EXANGUE
jessebarbosa27,
Triste realidade retratada em tua poesia.