Paixão Bohêmia

Uma noite sóbrio
É uma noite sórdida
Desiludido pelo óbvio
No meio da discórdia

Com o olhar pesado
Dos meu olhos cansados
De um homem bêbado
Em becos calados

Torna-se bela
a ilusão criada
como uma tela
cheia de saudade

afogo na água,
essa desfaz a realidade
e a torna cega
enquanto vago pela cidade

Outrora tingida pelo medo
e manchada pelo vermelho
me deparo com um espelho
e disparo em desespero

como dói temer
como dói sofrer
tudo que sangra
minha vida arranca

acabado
desolado
perturbado
afastado

de tudo o que se faz
para ser feliz
de tudo o que se diz
a procura de paz

a felicidade e a mágoa
são os anjos do inferno
que te colocam numa tábua
e o tornam terno

perdido pelas forças
que te corroem como loucas
vago perdido sem razão
a procura da paixão