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Palavra me órbita

Liberdade

Sou livre como as estrelas,
que brilham para
o universo,
e para si mesmas.

Sou livre, tanto quanto
as minhas
asas,
e tenho a liberdade
do silêncio,
e a prisão dos dicionários.

A palavra

É tudo que preciso,
Palavra é a minha Oceania,
Meu
arquipélago
De solidão,

Palavra, absurda inaceitação!
Palavra
é tudo!

Biblioteca

O que tem?
A palavra
de tudo
ou
O absurdo
Do acumulo?

O que tem?
a mudez
ou nudez
despida e crua
do conhecimento
tragado pelas
traças?

Medo

Coloquei um
vestido
despido
para meu medo.

Vomitei um orgasmo
O medo
cifrou um
novo
enigma.

Sinto medo,
tão incoerente
mas crente e ardente
de convicção,
cuja
a minha existência se
faz sentir.

Instinto

Viajo no
oceano
dos meus desejos.

Naufrago
pois o
mistério
não cabe a
eu responder.

Transpiro
no
único
jato
de suor.

Desejo
vulcânico
continua
a lavar
a minha inquietude.

O meu desejo
já não mais meu
é alheio
a mim.

Transgrido
os meus
valores
exponho a face
à tapas,

Eu não me
rendo!
Sou
dono e responsável pelo
meu delírio
racional.

Estações

Encontro flores
no inverno desconhecido.

O outono dos nossos braços despiu
a saudade.

A lacuna
inocente da primavera
para o verão
faz de mim
um poeta solidário
com mundo.

Hoje

Quero beijar o seu
sexo
até que as estrelas ninem
o nosso
orgasmo.

Para sugarmos o
prazer mútuo no suor
do nossos corpos.

E gememos
e gritamos
para as estrelas
testemunhas
de nosso
delírio de amor.

Culpa

Sinto
a culpa
da desculpa.

Sinto o cansaço
de mil
Everest.

A
sensação de derrota
como
um
hálito
diário
lindo
no café da manhã.

Culpa sentimento
emoção destituída

Confissão
O meu relógio vomitou
Números
Cifras bilionárias.

O meu relógio cuspiu de
Si ponteiros
E segundos,
Minutos, horas.

O meu relógio já
Não, mas inteiro,
Torturado
pelo tempo
Confessou seu último desejo:
-divórcio eterno ao tempo.

Preciso

Preciso
morar
comigo
mesmo.

Transar comigo
mesmo
até
inorgasmo
de inaptidão.

Até dizer
que não confundo
medo com
corvadia.

Preciso
arrancar
essa máscara
que
me esconde.

Protagonista
de ser
que teme
a si.

Esconde
a
real face
na inaptidão
das luas cheias.

Preciso tirar
isso
de mim.

Preciso
de nada
para tudo.

Tirania da
bondade

Possuo a
bondade
dos tiranos,
o
orgasmo
dos
genocídios.
A benevolência dos
homicidas.

A inocência
das
prostitutas,
a paixão
dos fascistas.
A fome insaciável
da mídia por
notícias sangrentas
e estúpidas.

Possuo o
vômito
da política
dos políticos,
a fobia
da
fobia social.

Estamos todos
à venda,
Postados em selo
de eterna colônia de si.

Estamos
no calvário
de nossas
sombras
algemados
em crenças
inumanas.

Estamos
velando
os ossos de
nossos
atos.
Não sabemos se
acreditar é
desacreditar
e agir é assobiar
a nossa lúcida
omissão.

Estamos
completamente
e inapelavelmente
condenados
da bondade daqueles que
se matam sem querer.

Sorte

A inexistência
de
te faz do nada o vazio
da
lacuna
um abismo
da montanha um planalto,

A sorte traduzível
pelas culturas, inexistente
nua e inocente,

Jamais beija
a
existência
dos nossos
atos.

Verdade

Quem é?
Um dado
jogado no escuro
por um cego - mudo?

Verdade
outra
face, sem rosto
a palavra
sem letra,
A arte sem nada?

Verdade se não fosse
você mesmo.
O que seria de te?

Indeciso

Estou indeciso
entre eu e
mim mesmo.

Fujo da
decisão homicida,
que beira
a uma divisão de mim.

Tenho medo de
fracassar
e reencontrar a minha real
Pequenez.
Toda a minha grandeza
do tamanho de uma lágrima.

Estou indeciso
não fugitivo,
estou incerto
não incorreto.
Preciso tirar ferias
de mim.

Íntimo

Alguns momentos
São tão meus,
Que não
lhes dou
A ninguém,

São momentos
de nunca
para
sempre.

Não Verás o
pôr-do-sol

Acorda-te
não verá s crianças
brincando,

Acorda-te
não amarás a última mulher.

Acorda-te
não viverás a última chama.

Acorda-te
não
verás o segredo embutido na carne.

Acorda-te não darás o último sorriso.

Acorda-te:
- É preciso ver a impureza do mundo.

Sob o Corpo

As minhas mãos
percorrem os rios
do teu corpo

Segue o curso
no suor
ao teu
umbigo

Ainda há
cachoeiras
nos teus seios,
há mistérios no teu corpo
demais para
o anonimato
das minhas mãos.

Para o Corpo

Hei
de pegá-la
e traçar um limite
dos teus gestos e gemidos
traçarei
sempre
com beijos ininterruptos
sob o teu corpo inteiro.

Na
selva, na miragem,
na cobertura
do mistério.

Na calma mútua
sob a cama
um oceano de gozo.

Sonhar

Sonhar é outra
forma
de
amar

Quem sonha
Tem um caso de
Amor com
a vida.

Uma Lágrima

Quanto vale uma lágrima,
salgada e cheia,
destas que inundam e
curam a alma,
uma gota, pequena e serena.

Uma lágrima densa
que dança entre os contornos
da face bela e
morena.
uma lágrima de Cristo,
que lave a minha impureza.

Quanto
vale uma lágrima
ao qual o mar abriga?
quanto será que vale um
oceano imerso de lágrimas?

Um
Pequeno Passo

Um pequeno passo
faz um
pássaro ser livre
e mãos trêmulas
paralisarem por iminente segurança.

Um passo verdadeiro
faz a vida
no instante novo.

Casa-Corpo

Não possuo corpo,
a minha casa é a
fagulha do tempo

Adquiro novos hábitos
cada mudança
deixo de me pertencer.

Não tenho casa
tampouco corpo,
sou andarilho que
renega
a sua
própria
transitoriedade.

Assassinato

Corro
Amplio-me
Na
multidão.

A vida urbana tragada
A cada
Instante de
Inexistência de ar.

Uma Mãe

Uma mulher estéril chora,
se ela pudesse
arrancaria
o seu útero
e o faria
brotar das cinzas.

Mulher
tão feita,
Tão impura,
Castigada pela a sua
Própria fraqueza;

E, no entanto,
Quando mãe
Torna-se outra primavera,
Com várias
e invisíveis flores,
ressurge e
renasce
MÃE!

Forma e conteúdo

Quero escrever uma poesia
Que seja de
Conteúdo
simples.

Quero escrever uma poesia
Que ultrapassa
Os limites
Da forma.

Quero escrever,
Uma poesia
Que flutua como
Estrelas,
mas de infinita
expressividade

Adolescente

Existe uma constelação
de
Mil planetas
Dentro de cada adolescente.

Inexiste a
pureza
Da beleza,
Inexiste
o nada.

Seres humanos

Somos muitos
tão
inigualáveis e frágeis
tão singulares e imprevisíveis,
somos seres
humanos.

somos muitos
talvez haja mais,
somos muitos,
Por
isso, ainda, somos.
seres humanos.

Sereia anônima

Não possui areia,
Mas a brisa do teu
Corpo
É o encanto
Dos mares!

Ouro Preto

Ouro Preto caminha
com a gente
respira e
renasce,
a cada romaria nova
e ressurge das cinzas.
É uma carne da arte viva,
é pungente olhar
do sofrimento,
e da beleza que
naturaliza
quem vier saborear
do seu encanto.

Ouro Preto
lembra tudo!
As suas montanhas,
é o regresso
do vale de seus
Segredos,
Ouro Preto não é
De ontem nem
De hoje,
Ouro Preto, eterno “ouro negro”
É do infinito.

Despeço-me
de mim mesmo
dentro de Ouro
Preto,
E volto ao
Seu seio
de esperança!

Hoje II

Hoje preciso falar,
Preciso
Dizer
a
resposta
Que jamais
Ouvi.

Não será preciso,
que os meus
olhos
se mirem
Nas montanhas, irreais
das demagogias.

Esquina perdida

Onde eu
me deixei?
Nos braços da liberdade?
Ou nos ecos
Das utopias?
Nas equinas
Sujas e surdas
Dos
políticos?
Ou na
Palavra morta
Dos visionários?
Aonde eu me
deixei?

Ciúme

De que você é feito?
De medo
Ou de
Vida?

Do que eu gosto?

Do computador?
De desenhar
Do meu quase nada
Do meu absurdo?

Do que eu gosto?
Da vida

Ou do medo?
Do abismo
Ou
Do
Vício.

Indizível

Tenho uma
palavra
Há anos
Perdida dentro de mim

Uma palavra,
Que
desconheço
Não existe nos dicionários,
É o mistério de
Mim.

Silêncio

Quem pode
Ser mais potente
Que tu?
Que grita
e
Inquieta
Os surdos!

A minha
Angústia

A minha angústia
é do amanhecer,
Crescente e aguda.

A minha angústia
Fala de
Mim mesmo.
De quem tanto
Temo!...

Quero

Quero ser livre
Como
o sonho
Das estrelas.

Quero ser livre
Como o beijo
Proibido
dos amantes.

Quero ser livre
Como o próprio
Sonho,
Que não
tem sexo
nem identidade.

Estou

Estou
drogado
pela realidade.

Alcanço
a
nirvana,

Mas, o
meu delírio
continua
fluorescente.

As tardes rosadas,
nuas, inocentes,
respiram
o aconchego de
segurança
imprescindível
que clamo aos céus!

Bebo
a solidão
dos
fanáticos
e permito-me
a invasão de todos,
não na minha
intimidade!
Desabitada por mim
há milênios............

Expresso
o que todos
desejam,
um anseio
coletivo.

Agora, sirvo
de mim mesmo,
sem saída
encontro-me
na
esquina esquecida....

Vencido, não fujo!
Tenho a loucura
dos
lúcidos,
a certeza dos monótonos
que não vale nada!

As minhas
certezas
não valem nada?
Talvez valha, o
cuspe de um mendigo
fruto
do capitalismo.

Ainda, que
haja
explicação,
o
meu coma
no hiato de
segundo,
durou
anos-luzes,
até a
eternidade é curta....

Volto, porque o espelho da realidade
me
chama,
Por isso, estou em
pura overdose,
maldita realidade!
Maldita seja ela!

Por que
vã realidade
esteriliza
toda a minha criação?

Comemos
emoções em
tubos,
Morremos tão cedo
quanto jamais

imaginamos
apesar
de existirmos,
estamos
mortos
somos
vômitos
do que
sentimos ser!

Preciso
de ilusões
que me tire
dessa hipnose
ridícula.

Quero,
a essência
de mim...
de volta

Só ela
exorciza
o meu
desejo
de resolver

a
utopia
do meu ser.

A um novo
Amor

Antes que a chama se apague,
gritarei
alto
e teu nome

para os pássaros se encantarem.
Gritarei
defronte aos horizontes
tudo que sinto, por você!

Mas isto é pouco
pois, tenho agora, meu amor
todo o sentimento de uma vida
e não vou
desperdiçá-lo.

Por isso abro os braços,
dou-lhe o que tenho:
- Um coração, cheio
de esperança, transmudado
em rosas.

Você

Você possui
a estranheza dos mares.

A
fascinação
dos horizontes
a perdição dos abismos.

A infância
da velhice.
O medo do
orgulho.

Você que vomita
duplos
orgasmos,
que me excita
e me hesita
a te desejar.

Você,
causa perdida,
Uma indignação imatura.

Você que
se chama:
Amor.

Pedaços

Beijo
o teu o
teu sexo molhado,

Beijo
o teu colo
aquecido
pelo invisível carinho,

Invado o teu ventre,
cubro-te,
despida de
inocência.

Reparto-me
na medida
exata.
Nina-me?
estou
nos
seus
braços,

Quero estar
contigo
depois de
amanhã
e sempre.

Preciso da sua
galáxia,
do eclipse
da sua paz.

Preciso de
pedaços de você
para estar
plenamente
inteiro.

Desejo

Acredito mil
estrelas
na ilusão
de satisfazer
o seu
desejo
em mim.

Há desencontros
no encontro
que não marcamos,
você me traiu
na sua fidelidade cubana,

O encanto do
Desejo
Morreu
Quando matamos
A sede dos
Nossos corpos.

Será que somos
Infinitos?

Mil orgasmos
São insuficientes
por que
Eu não te desejo.
Desejo o desejo por te.

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terça-feira, fevereiro 17, 2009 - 20:50

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Andremendes

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Comentários

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Re: Palavra me órbita

Um poema bem escrito, gostei!!! :-)

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