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palavras
Quem disse?
Que nas entrelinhas
De um olhar,
Fica outro.
E o espaço que os separa
Prende-se o ar em silêncio.
Quem disse? Que as palavras
são efêmeras.
As palavras são soldados em tempos de guerra.
São a arma e a defesa.
A bala na terra de ninguém.
A morte e a vida,
O desvio súbito das magoas.
Quem disse? Que nesse espaço,
Na linha da frente,
Onde se observam,
Não vira o vento
E se espalham pra outro lado.
Quem disse? Que após,
Ficarem mudos,
Nada mudou. A vida prossegue,
E os olhares esganados,
Pela teimosia
De achar que não sabem o que dizer.
Quem disse que viveram?
Quem disse que naquele intervalo
Venceram, enfrentaram o medo,
Sem corromper o espaço.
Quem disse? Que na trincheira
Cavada nas cabeças,
se defende do mundo.
Quando as palavras curam
o espaço,
e os olhares,
guardam as palavras.
Quem disse? Que após um ato de bravura,
Na valentia de um passo dado,
Não se pisa um mina
Ou atravessa-se uma ponte.
Quem disse? Que o silêncio
É a forma mais breve de ser
a coragem que nos eleva.
Quem disse? Que no vazio
de uma mira está a outra
E na junção das duas
Estamos calados,
Sem entender o valor das palavras.
Disse um dia a paz,
Que começara em silêncio,
Porque se revelara num fosso,
De almas mortas
Sem palavras.
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