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Palavras turvas
Palavras turvas escorrem de meus olhos...
Escorrem em desalento:
Rios poluídos por entulhos de sentimento...
Falar de amor?
Não há amor...
Sinto-me expulsa dos céus azuis...
Eles não me acolhem mais...
Só me toleram...
Desabafar a dor?
Que dor?
O meu pranto não é de sofrer...
É de vazio...
É angústia de não sentir...
O pouco que quero foge de mim...
E o que não quero me invade...
Não tenho nada...
Nem meus versos...
Eles partem de mim em busca da luz...
Devo segui-los?
Palavras turvas escorrem de meus olhos...
Escorrem em profusão:
Rios poluídos por entulhos de ilusão...
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Analuz
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Comentários
Re: Palavras turvas
Ana,
há amor...
Não houvesse, não leria a tua dor!
Há amor!
Abraços, Robson!