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O sol já tingiu de laranja a linha do horizonte.
A tarde já se esmorece em seus últimos suspiros.
Observo os derradeiros lampejos a se deitarem atrás das nuvens.
Uma brisa fria e mansa faz-me arrepiar, é o prenúncio da noite que vem vindo...
Estou absorta, inerte diante de tanta beleza e calma.
Algumas estrelas já pingam no céu da minha cidadezinha, as mesmas que apontam os olhinhos no céu de sua grande cidade.
Aqui, eu as vejo bem nítidas, e aí, fica mais difícil vê-las, pois as milhares de luzes e a poluição as deixam opacas.
Compartilhamos do mesmo céu, as estrelas que te olham, olham pra mim também, a lua que surgiu, bela e poderosa, nos admira, a brisa que me acaricia, também te toca, no entanto, a distância que nos separa, não são só quilômetros, são diferenças gritantes de dois mundos opostos.
Mas gosto de saber, que este fim de tarde é meu e seu, e penso que a brisa tocou sua pele primeiro, e trouxe de longe, um pouco de afago ao meu corpo, e um aroma de amor que infiltra pelas minhas narinas, e faz meu coração apressar suas batidas.
Agora, o sol já adormeceu, a noite reina imponente, muito mais estrelas deram o ar de sua graça, a lua ilumina até as ruas, e deposita em minha pele um leve tom prata.
É maravilhoso participar desta magia, pena que muitos não percebem, é um espetáculo gratuito que o criador nos forneceu, porém, só os românticos ficam comovidos.
Não sei por quanto tempo fiquei ali, extasiada, mas me levanto serena e tranqüila, e me ponho a escrever que é a única coisa que posso fazer a respeito.
Vai, lua, ilumina este ser que me tira o sossego, traz nos seus raios prateados um pedacinho dele pra mim.
A mesma madrugada que lhe embala o sono, vai ninar o meu também, assim, unidos pela natureza e separados pela realidade...

É ASSIM

É assim...
Como um colibri, a minha esperança...
Linda, pura, frágil e pequenina
Guardada com carinho, onde a maldade não alcança.
Onde a jornada só começa e nunca termina.
É assim...
Como o fundo de um abismo, a minha saudade...
Real, sofrida e escura
Guardada em completo segredo na verdade.
Saudade que o tempo não cura.
É assim...
Como a força dos tufões, o meu amor...
Bravio, na sua intensidade, que não respeita distância, que passa por cima de tudo
Amor nobre, amor mudo
Alimentado por uma ilusão
Abafado, sem ter como fugir
Sem ter como gritar, pedir
Encarcerado no coração.
É assim...
Assim que se dá o milagre
De coisas como a paixão
O abismo, o tufão
Seguros apenas por ti
Meu pequeno e frágil colibri...

Submited by

sexta-feira, setembro 4, 2009 - 02:49

Poesia :

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Gisa

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Offline
Título: Membro
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Comentários

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Re: Partilha

Gisa,

As palavras brotam ditero de você para o papel, não há pontes intermediárias...

Um beijo e parabéns!

imagem de Anderson

Re: Partilha

Legal Gisa.Descreves muito bem teus sentimentos.Um abraço. ;-)

imagem de MarneDulinski

Re: Partilha

Gisa!

Você é especial poetisa, tem muita sensibilidade e sentimentos puros em sua alma!
Também sou fã do Beija-flor (colibri), inclusive tenho aqui no WAF, um Poema intitulado Meu Amigo Beija-Flor!

Assim que se dá o milagre
De coisas como a paixão
O abismo, o tufão
Seguros apenas por ti
Meu pequeno e frágil colibri...

Meus parabéns,
MarneDulinski

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