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POEMAS SECOS

Não há sono que fecha a janela
desta insónia tão tua
Os comboios já correm
as gentes pisam pés na rua
quebrou-se o silêncio
da noite
dando espaço no horizonte
para o Sol nascer
madrugando sem de mim saber
desconhecendo este estado de vigília
a mim mesmo
como protesto a ter acreditado viver
quando com o nascer do dia
apenas sou um teu amigo
apenas poesia
Ergo o punho ao clarear
deste momento sem sonhos
pois o nosso, meu e teu,
afinal( como sofro) não havia.

Sintra-25-09-2012

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terça-feira, setembro 25, 2012 - 07:03

Poesia :

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António Leite de Magalhães

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