Poesia Número Vinte e Um

Vinte e um! Vinte e um escritos sobre nós dois.
O que vem depois do “vinte e um”?
Números, cálculos, contabilidade... cálculos, números.
O que um número representaria em vidas alheias?
Cálculos, números, contabilidade.

Vinte e um.
No diário escolar era esse o meu “nome” tantas vezes,
e a ele aos poucos me afeiçoava.
Antes de mim vinte nomes e depois outros tantos,
e eu tornei-me o “vinte e um”, e das outras
pessoas simplesmente me esquecia aos poucos.

Quem realmente deixa marcas quando passa,
é quem desnuda a alma ou a deixa desnudada.
Não! Esse cálculo eu ainda não fiz...
Preciso consultar minha alma
Um...dois...um milhão...vinte um...

Querias saber quantos passados eu trazia em meu peito.
Nada encontrei aqui dentro que valesse a pena contabilizar.
Cálculos! Números! Alma!
Não tenho marcas de sorrisos em meu triste passado.
Erros! Desacertos!
Quatro... três... dois... Eu desacertada!

Eu nem sei que dia é hoje!
Não gosto de números. Prefiro verdades.
E a verdade é que me perdi tantas vezes,
tentando me encontrar...
cem...duzentos...dois milhões...
- Quem pôde contar?

Qualquer número é qualquer um,
toda a vergonha é a mesma!
Quero me desconstruir e ser só tua!
“Vinte um” bilhões de vezes!!!
 

Por Lilly Araujo-Direitos Autorais Reservados.