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PORQUE ME OLHAM?!


Um pouco de tudo, um pouco de nada
Vou à frente, vou cansada.
Espero a vez...
Porque me olham? Ah sei... talvez!?
Porque nenhum de vós conhece a caminhada.
Cada dia é um milagre a acontecer
E o coração começa a apertar-se
Mas eu quero escrever, escrever...
Até sentir a morte a mim a chegar-se.

Vai longe o passo da partida
Aproxima-se o passo da chegada
Caminhei tão distraída!?
Que cheguei em menos de nada.

Trago comigo a dor da saudade
Mas enquanto escrevo sou imortal
Mesmo agora que já é tarde
Escrevo, escrevo e afasto o mal.
Escrevo, ignoro para quém
Escrevo palavras despretenciosas
Quem sabe não haja alguém!?
Que sinta nelas o odor das rosas.

Eu sei que vivo de ilusões
Mas trago ainda a coragem
Ao escrever, passam todas as aflições
E até esqueço que estou de passagem.
Esta escrita não me dá tréguas, tenho de escrever
Podeis até rir à vontade
Hei-de escrever até morrer
Depois? Depois podeis tudo rasgar!
Enquanto me der saudade
De tudo quanto amei e hei-de amar
Cantarei, até à loucura,
Tal é minha necessidade.
Desta doença sem cura.

 

natalia nuno

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quinta-feira, dezembro 30, 2010 - 23:16

Poesia :

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natalianuno

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Comentários

imagem de vitor

Caminharei até que me

Caminharei até que me dôa

irei ao fundo do destino

até ao fim se for caminho

e dentro, mesmo que sofra

serei como sigo

não serei outra...

 

Vitor

imagem de natalianuno

É sem dúvida assim, serei

É sem dúvida assim, serei como sigo, não serei outra.

Vou soltando minha melancolia, em versos que têm muito de

mim.

Grata Vitor

Abraço

imagem de Gabriela .

Agora posso entender. E

Agora posso entender.

E poder saber como é ler algo

que pareça ser como o que faço.

Gabriela Dias

imagem de natalianuno

agradecimento

Obrigada Gabriela, pela visita, como vês

é simples minha poesia, e melancólica, quem sabe não sejamos

poetas destinadas a poetar a tristeza?!

Beijo amiga

imagem de Gabriela .

Por incrivel que pareça,

Por incrivel que pareça, escrevendo assim

me sinto bem.

Acho que é o que nos

resta...

Beijo!

imagem de natalianuno

Tens razão, também não sei

Tens razão, também não sei expressar-me de outro modo,

para além do mais poesia que não envolva sentimento, não

me diz rigorosamente nada.

Beijinho

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