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PORQUE SERÁ?




Porque será?

 

 

Quando a vontade me falta nada aparece,

Faz que anda mas não anda, nada acontece,

O tempo passa, nada se faz, tudo se esvai,

E eu dou um grande suspiro a vontade se vai,

De preguiça, de lentidão de falta de vontade,

E até da falta dela eu já sinto saudade.

 

O que me está acontecendo agora, eu não sei,

Só sei que estou para aqui e a vontade não vem,

Sinto aborrecimento, sono que não me faz dormir,

Tudo dentro de mim parece que quer fugir,

Os meus olhos querem fechar-se e não deixo,

E pela grande falta de vontade eu me queixo.

 

O vento bate na minha pequena janela,

E eu sinto-o, olho e nada vejo nela,

Vai batendo pela grande força deste vento,

E eu me vou queixando do meu pensamento,

Que nada pensa que possa ter algum valor,

Só espero que também não saia o amor.

 

Ó tempo, não me deixes ficar tanto assim,

Faz com que a vontade venha a mim,

Mas ela não vem e tento chamar por ela,

Mas a indolência vai ficando em lugar dela,

Eu não quero estar assim com este aborrecimento,

Enquanto escrevo este meu momentâneo lamento.

 

Talvez, parando, deitar o meu corpo ao comprido,

Chamar o sono para que durma comigo,

Os meus olhos descansem e o pensamento também,

Para esquecer a vontade enquanto não vem,

Eu quero descansar, dormir e voltar outra vez,

A olhar o céu azul, sentir o vento, é melhor, talvez.

 

Vou seguir o que a minha mente me aconselha,

Parece que seja a solução que mais se assemelha,

Ao que me faz falta neste preciso momento,

Para estar mais lúcido do meu próprio pensamento,

Então até logo, esperem que eu já venho,

Depois de recuperar a vontade que eu sei que tenho.

 

 

Tavira, 4 de Setembro de 2011-Estêvão

 

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sábado, dezembro 21, 2013 - 12:02

Poesia :

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José Custódio Estêvão

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