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Pseudo-soneto ladino

Pseudo-soneto ladino


I

Muito mar foi preciso para alcançares teu destino,
Nessa terra despejaste tuas palavras perfeitas.
E não és simplesmente uma mãe bem-feita,
Estás deveras além das dificuldades do caminho.

Os poetas em ti encontraram um beijo divino,
Deliciam-se os amantes com tua sutileza.              
De tuas irmãs latinas és a de maior beleza,
E minha altiva boca tu preenches de carinho.

Só existem essas linhas pois tu existes...
Tua estética no papel deslumbra e admira
Quem vive a pensar em teus limites...

Diferenças vivem entre aqui e acolá
E fazem de ti ainda mais atraente;
Tua imensidão não canso-me de declarar.

 

II

Fincaste teus formosos pés nessa terra,
Criaste raízes na prosperidade de além-mar,
Distâncias de água conseguiste aproximar.
Mas tua contribuição aí não se encerra.

Meus dizeres lúcidos ou não tu esmeras...
Com harmonia e placidez componho a saudar
Àquela que amiúde faz-me deleitar.
Em tua vasta gramática pérolas conservas.

Faço teus os meus versos de agora,
Penso em ti e penso em Português.
De minha alegria e tristeza és senhora.

Mas não negas jamais teu sítio natal, 
Cada letra, cada palavra, cada sentença tua
Grita: Portugal! Portugal! Portugal!

 

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quarta-feira, agosto 31, 2011 - 01:48

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Cortilio

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Penso em ti e penso em

Penso em ti e penso em Português.

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