CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
As Pupilas Do Senhor Reitor
Era um lavrador abastado, sadio e de uma tão feliz disposição de génio, que tudo levava a rir; mas desse rir natural, sincero e despreocupado, que lhe fazia bem, e não do rir dos Demócritos de todos os tempos - rir céptico, forçado, desconsolador, que é mil vezes pior do que o chorar.
Em todas as separações tem mais amargo quinhão de dores o que fica do que o que parte. A este esperam-no novos lugares, novas cenas, novas pessoas; sobretudo espera-o o atractivo do desconhecido, que de antemão lhe absorve quase todos os pensamentos…
Devo-te a esmola da consolação e do conforto.
A gente é como as flores, que umas nascem com as cores vermelhas que alegram, outras com cores que entristecem.
(…) aquilo é flato que lhe subiu ao coração.
Onde o patrão dorme ressonam os empregados.
Bonita, digo eu, mas leve, leve como uma bola de sabão.
Com o amor dá-se o mesmo que com o vinho. — Perdoem-me as leitoras o pouco delicado da confrontação; mas bem vêem que ambos eles embriagam.
Diz-se de certas pessoas - que têm o vinho alegre - de outras que - o têm triste - estúpido - bulhento - conforme dá a alguns a embriaguez para a hilaridade; a outros para os sentimentalismo, a outros para a modorra ou para brigas. Pois com o amor é o mesmo. Amantes há que celebram os seus amores, e até suas infelicidades amorosas sempre em estilo de anacreôntica - esses têm o amor alegre; outros que, quando amam, embora sejam ardentemente correspondidos, suspiram, procuram os bosques solitários, que enchem de lamentos, e as praias desertas, onde carpem com o alcião penas imaginárias - têm estes o amor sombrio; a outros serve-lhes o amor de pretexto para espancarem ou esfaquearem quantas pessoas imaginam que podem ser-lhes rivais ou estorvos, e, nesses acessos de fúria, chegam a espancar e esfaquear o objeto amado - são os do amor bulhento e intratável; há-os que emudecem e embasbacam diante da mulher dos seus afetos, que em tudo lhe obedecem, que a seguem como o rafeiro segue o dono, e experimentam um prazer indefinível de adormecer-lhe aos pés - pertencem aos do amor impertinente e estúpido.
Onde se encontram facilidades… nem todos têm força para se vencer.
Um olhar de mãe deve ser para a gente, quase como um raio de sol para as flores.
A madrugada opera milagres. Não há luz como a da manhã para dissipar as visões de uma imaginação preocupada.
www.topeneda.blogspot.pt Júlio Dinis
Submited by
Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 1496 leituras
other contents of topeneda
Tópico | Título | Respostas | Views | Last Post | Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Pensamentos | Armadilha do Voto | 0 | 2.093 | 08/22/2011 - 10:46 | Português | |
Poesia/Pensamentos | Utilidade dos monarcas | 0 | 1.634 | 08/22/2011 - 10:43 | Português | |
Poesia/Pensamentos | A Perfeição pode esperar. | 0 | 1.560 | 08/22/2011 - 10:36 | Português | |
Poesia/Pensamentos | Herança histórica omnipresente | 0 | 1.342 | 08/22/2011 - 10:33 | Português | |
Poesia/Pensamentos | O Maior de todos os poderes | 0 | 1.470 | 08/22/2011 - 10:30 | Português | |
Poesia/Pensamentos | Alma tecnológica | 0 | 1.853 | 08/22/2011 - 10:26 | Português | |
Poesia/Pensamentos | Happy End! | 0 | 1.505 | 08/22/2011 - 10:22 | Português | |
Poesia/Pensamentos | A lei do mais forte | 0 | 1.507 | 08/22/2011 - 10:16 | Português | |
Poesia/Pensamentos | Rebaixar o próximo | 0 | 1.820 | 08/22/2011 - 10:11 | Português | |
Poesia/Pensamentos | Ironia do destino | 0 | 1.422 | 08/22/2011 - 10:08 | Português | |
Poesia/Pensamentos | Garras manipuladoras | 0 | 2.211 | 08/22/2011 - 10:05 | Português | |
Poesia/Pensamentos | Homem mutante | 0 | 1.479 | 08/22/2011 - 10:02 | Português | |
Poesia/Pensamentos | Vulneráveis à Maldade | 0 | 1.517 | 08/22/2011 - 09:58 | Português | |
Poesia/Pensamentos | Big Bang da Vida | 1 | 2.136 | 08/20/2011 - 23:08 | Português | |
Poesia/Pensamentos | Sobreviver aos reveses da vida | 1 | 2.316 | 08/19/2011 - 20:14 | Português | |
Poesia/Pensamentos | Peditório às portas do Paraíso | 0 | 1.268 | 08/19/2011 - 12:16 | Português | |
Poesia/Pensamentos | O umbigo da Criação | 0 | 1.485 | 08/19/2011 - 12:13 | Português | |
Poesia/Pensamentos | Cabeças perdidas | 0 | 1.379 | 08/19/2011 - 12:10 | Português | |
Poesia/Pensamentos | Latinhas de graxa | 0 | 1.645 | 08/19/2011 - 12:07 | Português | |
Poesia/Pensamentos | Moral da classe média | 0 | 1.504 | 08/19/2011 - 11:54 | Português | |
Poesia/Pensamentos | Detonar a abstenção! | 0 | 1.313 | 08/19/2011 - 11:52 | Português | |
Poesia/Pensamentos | Esperanças quiméricas | 0 | 2.365 | 08/19/2011 - 11:49 | Português | |
Poesia/Pensamentos | Desvantagem numérica | 0 | 2.714 | 08/19/2011 - 11:43 | Português | |
Poesia/Pensamentos | O Juízo Final | 2 | 1.694 | 08/18/2011 - 23:57 | Português | |
Poesia/Pensamentos | Mar morto, sonhos dourados | 4 | 2.337 | 08/18/2011 - 22:30 | Português |
Add comment