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QUATRO POEMAS A MÁRIO QUINTANA # Antonio Cabral Filho - Rj/Brasil


#
Meus amigos, em 05 de Maio de 2014 completam-se 20
anos que o Mário Quintana deu uma perdida em nós
. Estes poemas abaixo são só para incomodá-lo!

QUATRO POEMAS A MÁRIO QUINTANA

1 – PARAISO QUINTANA

Dizem os abduzidos
Que ao chegar no Paraíso,
Tão bestunta quanto sempre,
Mário Quintana estacou,
Pregou na nuvenzinha
Que lhe servia de tapete
E ficou abestalhado
Com tanta beleza,
Tanta alegria, tanta paz,
Que até esqueceu de sair do lugar,
Sem dar um Passo sequer
E que um anjo louro,
Louro louro muito louro,
Aterrissou a seu lado
Pegando-o pela mão,
E saíram voando, voando,
De início a meia altura
Para logo em seguida,
Seguros de vôos mais altos,
Estenderem as asas
E ganharem outros ventos...

Coisas de abduzidos...
E dizem que Mário Quintana
Pensou em perguntar ao anjo
Que  parque era aquele,
Lá embaixo, bem ao centro
De todo aquele Paraíso,
Mas como fosse um anjo
Leitor de pensamentos,
Foi logo explicando
Que era o Parque Mário Quintana,
Onde crianças e poetas
Se exercitam nos versos
Bem aos olhos das musas,
Que as suas lhe aguardavam ansiosas
Para ouvirem os versos seus.

E ao notar insegurança
Nos olhos tímidos do poeta
Pensando em Bruna Lombardi,
O anjo se adiantou dizendo
Que ela enviara todas suas semelhantes
Enquanto se desvencilhava
De seus encantos terrenos.
Segundo os abduzidos,
Quintana vive cercado
De musas e discípulos,
Exercitando seus encantos
Lá nos palcos do Paraíso,
Bem alheios à realidade.
Mas
Quem
Diz
São os
Abduzidos!
 
2 – QUINTAN’ESSÊNCIAS

Não consigo imaginar
Quintana chorando,
Cortando soluços sentidos
A não ser lágrimas
De extrema alegria
Para lavarem as faces
Queimadas pelo arco-íris,
Pois a palavra Quintana
Sugere criança brincando,
Alheia a tudo,
Imune a qualquer risco
Longe desta vida,

De direitos e deveres,
De ordens e obediências,
Reduzidas a números e papéis,
Aliás, como Quintana sempre quis.

3 – GRAVATA DE QUINTANA

Quintana empaca meu verso,
Mas eu puxo-lhe a gravata
E ele ri seu risinho besta
Cheio de desdém
Pelas coisas deste mundo,
E sem largar a desgraça do cigarro.

Intimo-o a não rir de mim,
Mas sem dar-me nenhuma atenção
Mantem-se concentrado em seu vinho
Sem descuidar com o olhar
Atento para surpresas
Que eu possa aprontar-lhe,
Até que desata a rir mais ainda
E desfaz-se o nosso entrevero,
Como se defraudasse
A bandeira colorida
Dos seus sonhos infantis.

Mas novamente puxo-lhe a gravata
E não mais encontro Quintana,
Só o vaquo da mesa vazia,
O salão da adega em silencia
E o jornal à minha frente
Com a notícia repentina...

Quintana decola
Do aeroporto moinho de ventos
Rumo ao seu mundo de estrelas,
Onde pretende esquecer de tudo
E passar o resto da eternidade
Puxando perna de grilo
E beijando brunas lombardes.

 

4 – QUINTANA
                                          Mário Quintana
                                                       Partiu
                                                       De Porto Alegre
                                                       Para Porto Feliz
                                                       E foi-se
                                                       Sem dizer adeus
                                                       Rumo ao Reino de Deus
                                                       Esquecido de nós
                                                       De vez
                                                       Sem mandar notícias
                                                       Jamais            
                                                       Ou seria um deus-nos-acuda
                                                       Com tantas Babis, Babys
                                                       E Brunas Lombardes
                                                       Em êxtase.
***

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sexta-feira, abril 4, 2014 - 16:02

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