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Raízes

A minha viola nordestina
tem um cantar triste que dizem bonito ser.
Canto as minhas angústias e esperanças
nestas minhas andanças.
Que quase sempre morrem por falta de água.

Tenho uma garganta de repentista
que de tanto medo virou nortista.
O ronco de meu faminto estômago
é o que dá ritmo às minhas músicas.

A minha viola modesta
molesta os coronéis de bota e espora.
que cravam em minha língua ferina, ferida.

Era preciso formar um só som
com todas as nordestinas violas deste país
onde ao norte, fica a noite e a morte.

AjAraújo, em homenagem ao grande músico Luiz Gonzaga, escrito em Maio de 1976.

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quinta-feira, dezembro 3, 2009 - 22:19

Poesia :

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AjAraujo

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Comentários

imagem de AjAraujo

Era preciso formar um só

Era preciso formar um só som
com todas as nordestinas violas deste país
onde ao norte, fica a noite e a morte.

imagem de MarneDulinski

Re: Acordes

LINDO POEMA, LINDA HOMENAGEM!
Meus parabéns a você, meus parabéns a Luiz Gonzaga!
md

imagem de RobertoEstevesdaFonseca

Re: Acordes

Parabéns pelo belo poema.

Gostei.

Um abraço,
REF

imagem de FlaviaAssaife

Re: Acordes

AjAraujo,

Admiro Luiz Gonzaga e gostei muito de tua homenagem!

Parabéns!

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