REALITY SHOW

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Em meio a estes mundos cibernéticos
Há um surto antiético nada interativo
Em parceria com andróides frenéticos
Trazem o futuro ortodoxo e hipotético

Arrazoando no momento qual o motivo
De se permanecer ainda um ser poético
Talvez a pretexto de ser ético e estético

Nada fica oculto, se ao vivo tudo se vê
Porém a ficha demorou um pouco a cair
E o mundo informatizado-fotomagnético
Agora estará de olho em mim e em você

Muitas câmeras controlam nosso ir e vir
Ninguém mais pode passar despercebido
E será impossível tentar enganar ou iludir

Há um olho eletrônico ligado e observador
E que diz: “sorria, você está sendo filmado”
Isto é dito em tom debochado e ameaçador

Sem se falar em muitos cyborgs teleguiados
Cibernético, frenéticos, céticos e estressados
Saídos das mentes daqueles meninos índigos
Que conseguem detectar nossos pensamentos

Credo em cruz, que mundo irreal, Aff Maria!
Adivinham nosso sentimento antes de ser dito
Fomos invadidos pelo que antes era só alegoria
Este é um reality show, não é apenas um mito!

Lourdes Ramos