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Respiro inerte

Respiro inerte

Vejo-as passar inertes entre vidros
Sim…deixo-me estar entre reflexos
Uma luz que trespassa menina sorri
Convite aos meus lábios fechados de cinza

Deixo-me ir parado em ondas de pressão
e vejo-me lá em baixo, na companhia de Liszt
Desço por entre nuvens cinzentas em gestos mecânicos
na estátua dos meus sentidos

Salivando docemente só
no carpido da geometria das janelas que me chega
estas calçam-me os olhos num momento de coito
e jorro uma alegria efémera

Assombrações de fantasmas brancos
em reprovações fixas de olhares esbugalhados
fazem-me chegar imagens intermitentes na invisibilidade
Desnudam-me e atiro-as ao cesto

A mão terna da Mãe acaricia o filho
O velho coça o suor do cabelo bem cortado atrás
A jovem de lábios gastos regista o pedido
O meu cigarro que se gasta por entre os dedos

Do livro: O Sopro do Cadáver Sentado

Corpos Editora

Submited by

domingo, março 28, 2010 - 15:10

Poesia :

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Jorgelupus

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Comentários

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Re: Respiro inerte

Bom poema!!!

:-)

imagem de angelalugo

Re: Respiro inerte

Olá poeta

E nesta inércia a vida a passar
diante de nossos olhos calmos
sem pressa...Gostei da sua poesia

beijinhos no coração

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