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Ruptura: o dia do basta aos modismos
Basta!
Já não quero mais tuas sobras
Tampouco saber do que me cobras
Basta!
Já não me interessa conhecer tuas obras
Tampouco saber do que me dobras
Basta!
A vida já não se encerra no Atol da Rocas
Tampouco nestas manias loucas
Basta!
De sessões de domingo regadas a pipocas
Tampouco de loucuras movidas a vodka
Este filme é pirata
Esta volka é falsa
Já não aturo mais tanta fofoca
Tampouco este ar de dondoca
Este revista sobre a ilha de Caras
Estas faces com botóx, siliconadas
Basta!
Desse mundo movido a moda, importado
Desse tecido tingido por trabalho escravo
Basta!
De viver no limite da aparência
Que esta história não mais me engana
Basta!
Já não procuro a utopia em uma geração perdida
Tampouco a fantasia efêmera de uma paixão partida.
AjAraújo, o poeta humanista, a propósito dos modismos e falta de identidade, escrito em 26-fev-12.
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