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A sós em Cabo Branco
À Minha Lua
Os teus olhos me são como uma lua
No meio de um oceano de escuridão,
Teus grandes olhos sempre tão expressivos
Como se a minha alma estivesse nua:
Mesmo a tua carne sob as minhas mãos
Sou eu quem sofre os golpes mais lascivos...
Fria ao toque a tua carne ao meu toque sua
Quando um beijo se torna uma emulsão
Sob cálidos vapores invasivos.
Prazer ao toque de feridas cruas
Num rastro de desejo e de paixão
Que ao tempo não se vai: vermelho vivo!
E no queixo sentindo as tuas carícias
Posso sentir que nem tudo é perverso:
E me seria possível não sorrir
Ante as lágrimas que só boas notícias
Trazem sempre que contigo converso?
Uma última lágrima ao luar luzir,
A inspiração destes últimos versos
Sobre quando juntos e sem malícia
Sob todas as luzes do universo
Deitamo-nos. O mar a alto rugir...
27 de maio de 2013 - 20h 11min
João Pessoa - Paraíba - Brasil
Adolfo J. de Lima
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Poesia :
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De vez em quando estarei por aqui, para provar que ainda estou vivo! ;)