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A sala de reunião

As letras se juntaram para uma reunião
As maiúsculas queriam estar à frente
mas as minúsculas não deixaram por menos

Outros foram chegando
As " abriram a discussão
O — foi o primeiro a falar
O ^, o ~, o ´ e o ` ditaram o tom e o ritmo
Já o ¨ não foi convidado
O - separou algumas sílabas
Os : passaram a palavra
A ! logo se admirou e depois se enfureceu
A ? quis saber um pouco mais e não parava de perguntar
As ... não estavam bem certas
A , pediu uma pausa para refletir
O ; já estava em outro assunto
Os () trouxeram outros detalhes à tona
As /\ tentaram organizar e ordenar as questões
Os números chegaram para ajudar

Como a conclusão não deu as caras
O . fechou a discussão

Mas as ideias e as reflexões iam chegando e se recusando a ir embora
E iniciaram outras frases com outras palavras e outras letras
E exigiram que a reunião continuasse
E continuasse até que as questões e os assuntos se resolvessem
Então as verdades mostraram que as perguntas ainda são muitas
e ainda tão poucas são as respostas

Por isso a sala de reuniões continuou viva
E cada vez mais cheia e mais barulhenta
E na porta ainda se via
a tremular sobre a fechadura
o aviso que dizia
com letras escritas à mão

Cérebro de um filósofo
perturbe e entre sem bater

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quinta-feira, setembro 15, 2016 - 14:30

Poesia :

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MaynardoAlves

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A sala de reunião

Alegoria das letras em discussão para formar ideias dentro de uma sala, que pode ser entendida como a mente de um filósofo ou de um poeta.

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