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Sem forma
Da antropologia cristã ficou este cálice
Do pecado a espreitar esta frágil forma
Ficou nada mais do que a vaga aurora
A manipular este coração mesquinho.
Não foram as gotas derradeiras da tempestuosa chuva
Que me limitou a exaltar as barrocas formas
Não foi pouco menos a ausente aurora
Que no crepúsculo se dissipou.
Das vozes vociferadas naquele sertão longínquo
Das Marias e dos Zés de algum ninguém que já o foram
Impregnados nos ocos santos de jardins
De um amor suspenso.
Nas palavras e nos gestos ora dispersos
Esmiuçados e embebecidos numa dose de rum
Ficaste este vazio universo
De senhor algum.
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