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sem palavras
Palavras ditas ao relento
Voam tão rápido
Distintas com alento
Como sangue saltito
Querendo juntar ao teu
Pedaços de amor
Junto ao meu
Unidos de fervor
Palavras abafadas
Pelo toque dos teus lábios
São doces baladas
Bebendo desses bravios
Saltitantes no meu coração
Desfaz-me em incontáveis borboletas
De cores com a ilustração
Desse amor sem letras
Só da entrega das almas
Tu és meu e eu sou tua
Dessas palavras crescem ramas
E dessas ramas a vida nua
Palavras tocantes
Chegadas aos ouvidos
Entre os beijos saciantes
Doces murmúrios recebidos
Estragas-me com a palavra “amor”
O quanto me dizes amar
Pedaços de tempo do criador
Roubados por nós sem falar
Olhares que ditam as palavras
Delas inúteis para amar
Desses sentimentos que cavas
Onde os beijos vou acordar
Para mim, para ti, para nós
Barco que percorre o rio
Onde a corrente nos leva a foz
Porque de nós não há quem guie
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Poesia :
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