CONCURSOS:

Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia?  Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.

 

Sem título (por luto)

Ouviu-se, em meio a tantas mentiras ácidas,
que povos heroicos e bravos, em certa chance,
chegaram com suas esquadras e escudos rústicos
e macularam o chão desta pátria neste instante.

Se a garantia de suas almas
conseguiram conquistar com tantas mortes,
em teu seio, ó liberdade,
tantos outros foram abandonados à própria sorte.

Ó pátria negligenciada!
Salvem-na! Salvem-na!

Brasil, devaneio imenso de horrores vívidos,
de ódio e desesperança em terra padeces!
Em teu poluído céu, tristonho e fétido,
a imagem do suplício resplandece!

Gigante pela imposição das realezas,
és velho, és torpe, pálido colosso!
E o teu presente espelha tuas fraquezas!

Terras roubadas de povos mil és tu, Brasil, ó pátria falha!
Dos filhos deste solo és mãe senil.
Pátria violada, Brasil!

Deitados eternamente em berços perdidos,
ao som de tiros e às trevas mais profundas,
agonizam, ó Brasil, os que não se corromperam,
escondidos em valas, buracos e tumbas!

O que a terra menos precisa
é da destruição de seus campos e de suas flores!
Nossas florestas, quase sem vida,
agonizam, em teu seio, sob duras dores!

Ó pátria morta e violentada!
Salvem-na! Salvem-na!

Brasil, de luto eterno sejam símbolos
as lápides, obeliscos e epitáfios;
e diga o preto-e-branco de teu povo:
cuidado com o futuro, aprendamos com o passado!

Mas, se deixarmos nossos poderes à própria sorte,
veremos que nossos filhos faltarão à luta
e, então, desprezarão nossas próprias mortes!

Terra viciada! Estado vil és tu, Brasil, ó pátria errada!
País de um futuro que nunca se viu!
Levantemo-nos, Brasil!

Submited by

sexta-feira, setembro 16, 2016 - 13:36

Poesia :

Your rating: None (4 votes)

MaynardoAlves

imagem de MaynardoAlves
Offline
Título: Membro
Última vez online: há 2 semanas 15 horas
Membro desde: 05/02/2010
Conteúdos:
Pontos: 597

Comentários

imagem de MaynardoAlves

Sem título (por luto)

Espera o Brasil que TODOS cumprais com o vosso dever!
Eia! Avante, brasileiros! Sempre avante!
Gravai com buril nos pátrios anais o vosso poder!
Eia! Avante, brasileiros! Sempre avante!
Servi o Brasil sem esmorecer, com ânimo audaz
cumpri o dever na guerra e na paz,
à sombra da lei, à brisa gentil,
o lábaro erguei do belo Brasil!
Eia! Sus, oh, sus!

Quantos brados retumbantes e agoniantes de tantos povos já não se ouviram às margens plácidas de inúmeros Ipirangas espalhados por este país?
Quantos raios fúlgidos do Sol da liberdade, naqueles e em tantos outros instantes, têm sido apagados ou sequer tiveram chance de brilhar?
Ó liberdade, quantos não morreram antes de sequer terem conquistado, em igualdade, o direito de, em teu seio, desafiar a própria morte?
Cantemos...

Add comment

Se logue para poder enviar comentários

other contents of MaynardoAlves

Tópico Título Respostas Views Last Postícone de ordenação Língua
Poesia/Aforismo A mais importante das leis 0 1.747 10/14/2016 - 20:45 Português
Poesia/Meditação Evolução? 2 881 10/12/2016 - 13:34 Português
Poesia/Tristeza O desilusionista 1 951 10/11/2016 - 15:17 Português
Poesia/Pensamentos O cínico 1 945 10/10/2016 - 20:30 Português
Prosas/Ficção Cientifica Um fascinante trecho do livro “Fahrenheit 451” (de 1953) - do escritor Ray Bradbury 1 4.700 09/29/2016 - 17:40 Português
Musica/Outro Dúvida... 1 10.378 09/29/2016 - 17:38 Português
Poesia/Geral Calendário 1 934 09/29/2016 - 17:37 Português
Poesia/Aforismo Hillel 1 1.953 09/29/2016 - 17:28 Português
Poesia/Aforismo Beda ou Fracasso 1 1.394 09/29/2016 - 17:21 Português
Poesia/Meditação Ápeiron 1 1.782 09/29/2016 - 16:44 Português
Poesia/Meditação A busca 1 658 09/29/2016 - 16:41 Português
Poesia/Geral A sala de reunião 1 546 09/29/2016 - 16:38 Português
Poesia/Acrósticos Diógenes de Sínope 1 1.265 09/29/2016 - 16:36 Português
Poesia/Meditação Bom dia, ateu 5 1.017 09/29/2016 - 16:29 Português
Poesia/Dedicado Epitáfio 3 513 09/29/2016 - 16:27 Português
Poesia/Intervenção Ao romper da nova aurora ou Ao cair as verdades arbitrárias 1 1.198 09/29/2016 - 16:24 Português
Poesia/Pensamentos Das mazelas que o tempo impõe ao corpo 1 579 09/29/2016 - 16:19 Português
Poesia/Pensamentos Das mazelas que o tempo impõe ao pensamento 3 871 09/29/2016 - 16:17 Português
Poesia/Tristeza Sopa de poemas (e as ruas da cidade) 1 683 09/29/2016 - 16:14 Português
Poesia/Pensamentos Da dor e amor de escrever: um metapoema 1 885 09/29/2016 - 16:01 Português
Poesia/Soneto O tempo e o vento 1 792 09/29/2016 - 15:57 Português
Poesia/Pensamentos Árvore 1 699 09/29/2016 - 15:52 Português
Poesia/Fantasia Milagre 1 611 09/29/2016 - 15:49 Português
Poesia/Canção Mil torrentes V (A razão do viajante) 1 867 09/29/2016 - 15:45 Português
Poesia/Canção Mil torrentes IV (A fé dos nautas) 3 591 09/29/2016 - 15:41 Português