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sete e tres quartos...
selado sem data
recebido e negado
inalterado e revirado
por dias e noites
(mágoa deslavada acorda magra)
sei que ainda vivo nesse caderno
em que a palavra acerta
vem como sinal no peito
como se abrissem folhas por dentro
muito mais vezes que o corpo longe
(seu amor é uma garantia em pedaços)
daqui avisto as estrelas caírem do céu
e eu de cada página do seu caderno
como quem colhe saudades
como quem não diz adeus
porque não vai embora...
(sete e tres quartos)
entre sofrimento e o nada
fecho firmemente os olhos
até tudo ficar negro
mas nunca fica completamente negro
e ainda respiro na folha...
torno-me imortal e depois morro
como ponto final do caderno
ponto final do destino
de quem não é...
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Poesia :
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Comentários
Re: sete e tres quartos...
Belíssimo poema, querida amiga.
Como tu, aliás... quevais
exercitando a tua amizade,sempre
com a mesma coerência e generosidade.
Beijo e parabéns!
Tua fã
Vóny Ferreira
Re: sete e tres quartos... p/ Vony
Minha linda, seu perfume é inesquecível. beijo na alma
Re: sete e tres quartos...
Ah, Vânia,
A tua poesia é linda!
Adoro o jeito como tranças as palvras e o mundo numa cadência única. Linda!
Parabéns por mais este belo texto.
Beijo,
Lila.
Re: sete e tres quartos... p/ LilaMarques
Querida, sua presença também é única. beijos pra ti