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SILÊNCIO
O silêncio
Do silêncio dos mortos não tenho medo,
Mas sim do silêncio dos vivos e do seu arremedo,
Com o ruído que fazem na vida me vou situando,
Sei onde eles estão, e os mortos estão descansando,
No seu silêncio e no seu fingimento, eu não quero ir
E no silêncio dos mortos, só a paz se pode ouvir.
Vale a pena viver, nem que seja para dizer,
Que no silêncio dos vivos não vale a pena viver,
E o silêncio queremos quando queremos meditar,
Mas também é o silêncio dos vivos que nos pode tramar,
Já não sei o que pensar do silêncio ou do ruído,
Pois ora por um ora por outro eu posso ser engolido.
Mas continuo a pensar que no silêncio dos vivos,
Precisamos muito dos sentidos e não dos ouvidos,
Para sentir e não ouvir o que o silêncio quer dizer,
Para nos precavermos e nos podermos defender,
Das garras dos muitos vivos silenciosos,
Que podem ser fatais ou perniciosos.
Quando o silêncio é quebrado, eu fico bem situado,
Sei de onde vem o ruído, estou mais bem preparado,
Mas às vezes do silêncio dos mortos, os vivos se podem servir,
Para provocar o pânico ou o medo só para rir,
Mas, como nunca se sabe ou se conhece a sua intenção,
Tenho de ficar continuamente de prevenção.
Pelo sim e pelo não do silêncio dos mortos eu até desconfio,
Porque as mentes são tão enganosas que já não têm brio,
De viver honestamente e por isso já não se conhece a gente,
Por isso estou sempre alerta, do seu silêncio sou temente,
Os meus dois olhos já não me chegam para os vivos conhecer,
Tenho de fazer dos ouvidos olhos para poder viver.
Tavira, 22 de Março de 2011 – Estêvão
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