CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
SOMBRAS QUE RALHAM
Vermelho baton que é sangue
maquilha-te o rosto sofrido
e o silêncio te guarda
em grito engolido.
Num sonho idealizado
em campos de flores pintado
e se torna pesadelo
em mundo do avesso virado.
Vives numa prisão improvisada
pelo amor jurado e esquecido
agredida pelo inimigo
que se veste de amor arrependido.
Multiplicas-te em mãos para unir e rezar
implorando o milagre que a fé não concede
apenas a morte anda por perto
num ar carregado que so a ela fede.
E agridem-te as sombras
que vagueiam pela cabeça quebrada
e de cara marcada pelas quedas inventadas
o silêncio é a arma que te guarda.
cresce a vontade de revolta
que extravaza numa lágrima sentida
mas logo o pensamento mergulha
na morte como única saida.
E o paraiso em forma de praia
é hoje um deserto sem vida
onde as cordas que te amarram
rasgam a carne da noite para o dia.
troca-se o amo-te
por insultos que esmurram a alma
e as marcas exteriores são fotos
onde a pose mantém a calma.
Sentes o abandono em sala gelada
nas lágrimas que te abandonam á sorte
e o relógio inimigo não volta para tras
mas galga em direcção a morte.
pintas de novo a cara
de baton que te corre nas veias
maquilhada a força para a festa indesejada
numa dança para a qual nao foste convidada
sob ameaça de arma a cabeça apontada.
Solidão em jardim abandonado
onde as folhas caídas te servem de manto
e as algemas invisiveis em pulsos de mulher
são a dor de que ninguém quer saber.
Ponteias a boca com fio de algodão
para que a palavra não saia em vão
e de corpo amarrado
perpétuas o sofrimento ao seu lado.
Palavras em riste
que ferem com navalhas
onde putas e outras palavras
são lançadas ao calhas.
Fechas-te em casulo fragil
em corpo que se enrola de forma habil
e proteges a face da mão que ataca
num acto imbecil de primata.
Submited by
Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 1115 leituras
other contents of Rui Afonso dos Santos
Tópico | Título | Respostas | Views | Last Post | Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Amor | SENTADO SOBRE UM MAR | 0 | 421 | 08/02/2011 - 15:34 | Português | |
Poesia/Amor | DÁ-ME A TUA MÃO | 0 | 457 | 08/01/2011 - 20:17 | Português | |
Poesia/Tristeza | SAÍDO DO NADA | 0 | 369 | 08/01/2011 - 18:59 | Português | |
Prosas/Tristeza | NÃO TINHA DE SER ASSIM | 0 | 433 | 08/01/2011 - 18:56 | Português | |
Prosas/Saudade | ESTA FOME DE TI | 0 | 505 | 08/01/2011 - 18:55 | Português | |
Prosas/Saudade | AQUELE ERA O TEMPO | 0 | 454 | 08/01/2011 - 18:53 | Português | |
Prosas/Tristeza | ATREVES-TE? | 0 | 494 | 08/01/2011 - 18:51 | Português | |
Prosas/Tristeza | CAVALEIRO DE CRISTAL | 0 | 577 | 08/01/2011 - 18:50 | Português | |
Prosas/Tristeza | UM INFERNO DE OLHAR NEGRO | 0 | 510 | 08/01/2011 - 18:49 | Português | |
Prosas/Tristeza | NO TRILHO DOS RITOS | 0 | 465 | 08/01/2011 - 18:48 | Português | |
Prosas/Tristeza | ESPERO POR TI | 0 | 524 | 08/01/2011 - 18:46 | Português | |
Prosas/Tristeza | AS MINHAS SOMBRAS | 0 | 562 | 08/01/2011 - 18:44 | Português | |
Prosas/Tristeza | BARQUINHO DE PAPEL | 0 | 413 | 08/01/2011 - 18:41 | Português | |
Prosas/Tristeza | A CAMINHO DOS MEUS BRAçOS | 0 | 422 | 08/01/2011 - 11:37 | Português | |
Poesia/Tristeza | ANJO ESQUECIDO | 0 | 593 | 08/01/2011 - 11:02 | Português | |
Poesia/Tristeza | FLÔR DE CRISTAL | 0 | 606 | 07/31/2011 - 18:22 | Português | |
Prosas/Tristeza | NÃO TE DOU O QUE SINTO | 0 | 438 | 07/31/2011 - 13:43 | Português | |
Poesia/Tristeza | OS NOSSOS LUGARES | 0 | 400 | 07/31/2011 - 13:00 | Português | |
Poesia/Tristeza | ASSIM SOU EU | 4 | 474 | 07/31/2011 - 12:42 | Português | |
Poesia/Tristeza | NUMA ESTRADA DE MORTE | 0 | 356 | 07/30/2011 - 23:16 | Português | |
Poesia/Tristeza | VIDAS RASGADAS | 0 | 396 | 07/30/2011 - 20:49 | Português | |
Poesia/Tristeza | AS SOMBRAS DA NOITE | 0 | 563 | 07/29/2011 - 16:17 | Português |
Add comment