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Sucumbimos
Sucumbimos,
Dentro das paredes que era o nosso amor,
Sucumbimos.
Dentro destas paredes sujas
Pelas palavras que nos dissemos,
Dentro destas paredes gastas
Pelo que nos desgastamos,
Dentro destas paredes
Que outrora pintamos
De branco resplandecente,
E que com o correr do tempo,
Fomos conspurcando,
Sob o chão riscado
Pelos nossos passos vãos,
Sucumbimos.
Estávamos um perante o outro,
E o que fomos…
Já não o éramos,
E o que somos…
Já não chega.
Olhávamo-nos,
Mas não no víamos,
Falávamo-nos,
Mas não nos ouvíamos,
Estávamos tão perto,
Mas não nos tocávamos,
E com a fuga permitida,
Do olhar, da palavra e do toque,
Deixamos morrer o amor,
Sucumbimos.
Sucumbimos,
Mesmo perante aquela porta,
Que nos levaria a um mundo novo,
Um mundo de luz,
Onde se quiséssemos,
Poderíamos recomeçar,
Onde tudo seria possível,
Mas nós…
Nós resistimos,
Nós não nos permitimos
Uma nova oportunidade,
Nós…
Deixamos que o tempo nos levasse,
Nos levasse os carinhos e os mimos,
As palavras e os olhares,
A atenção e o calor,
De um para com o outro,
Sem nada fazermos,
A não ser,
Deixarmo-nos ir.
E com isso,
Sucumbimos.
E agora,
Aqui deitados,
Sob este chão,
Que já não nos suporta o peso,
Entre estas paredes,
Que já não nos ouvem,
Frente a esta porta,
Que já a lado nenhum nos pode levar,
As nossas mãos,
Agora vazias de nós,
Estão tão próximas…
À distância de um último esforço…
Mas não consigo,
Faltam-me a força e a coragem,
Por tudo o que passamos,
Por tudo o que nos fizemos,
Por tudo o que nos dissemos
Por tudo o que se entre nós se passou,
Que não nos permite um retorno,
E que nos deixa,
Por fim,
Assim…
Sucumbidos.
Nós,
Deixamos que a vida nos levasse,
Deixamos que a rotina se apoderasse,
Deixamos que um,
Deixasse de ser,
O complemento do outro.
Nós…
Deixamo-nos sucumbir.
Não procures razões,
Não culpes palavras ou emoções,
Não procures falhas ou insanidades,
Não procures responsabilidades,
Não faças nada…
Deixa…
É tarde…
Sucumbimos!
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Comentários
Quero o silêncio e o
Quero o silêncio e o vazio.
Quero a negação e a abstenção.
Quero o baixar os braços e não fazer nada.
Quero o voltar as costas.
Quero a indiferença.
Ou então amar e ser amado.
Re: Sucumbimos
O poeta é infinito
e a magia aparece nas palavras naturalmente…
:-)