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Sujeito indeterminado
(E que da tristeza eu retire a tez.
Seja melancólico, trisante.)
Quiseram a pedra filosofal dos atos
Perdidos nos lances de um tabuleiro
Tipo xadrez. Babaca perde.
Minto. Roubaram a luz do velhos quadros
E a puseram por sobre a mesa
Da escrivanhia. Pôs-se o mate.
O chá das cinco. Minto. Cinco e cinco.
Tomaram do Salvador a cruz e chamaram de salvação
A atitude de ser o que não cabe.
Minto! Minto! Minto!
Enlouqueceram. Viram em Marte a salvação
Rasgaram o Verbo. Cuspiram à carne.
Sou poeta. Minto! Sou um sujeito
De nome e cor de pele bem definidos. Minto!
Sou a mistura de negro e índio com branco.
Expresso-me num catatônico linguajar.
Primeira vez verdadeiro.
Detesto o ambiente dessas letras bem desenhadas.
Sou asqueroso. Verdade.
Minto até na distribuição de meus versos. Verdade.
Nas entrelinhas há quem diga: -Babacas indefinidos
Vão do soneto aos desatinos! Babacas íntimos a mim.
Não, eu não tenho idéia de quem realmente sou.
Pareço-me um lord da ilha-brasilis mas, não muito.
Sou panaca. Panacéia. Babaca-mór. Senhor da escotilha
Não tenho idéia de mim para entender de quem não sou.
Aparece no céu uma estrela. Bela. O que julgar do belo?
Martelo! Martelo! Até fico forte com um martelo!
E as curvas, palavras fortes. Estas
Dinamites dinamitam-me. Minto. Muito.
Irrito. Repito: irrito.
Sinto-me assim. Quiseram a flor como cumplice
Da falta feita por uma pessoa real. Perfumaram-se.
Eu jogo acentos gráficos. Exagero. Falo sem rodear.
Sou cheio de mim e nem sei sujeitar-me.
Recriaram, então, isto que parece o xeque-mate
Da vida. Tomaram o rei. Também sou poesia.
Há de ser alguém capaz, o sujeito por trás do reflexo.
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Comentários
Re: Sujeito indeterminado
LINDO O SEU DIFERENTE POEMA!
Meus parabéns,
Marne