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Terra

Pó da terra seca,
fira meus olhos
para que tua
partida
não me tenha
como testemunha.

Pedra da terra seca,
fira meus ouvidos
para que teu riso
agora ausente
não me lembre
que rimos juntos,
num tempo
inexistente.

Espinho da terra seca,
fira minhas mãos
para que teu corpo
distante
não me lembre
da carícia
que faltou,
num tempo que
já não sei quando.

Talvez,
ferido o corpo,
liberte-se minha alma.
Talvez voe
a minha poesia
e n'algum canto
encontre outro tanto.

Talvez, terra seca,
viceje-te novo plantio
e minha
eu te saiba,
moça do Rio.

             

                    Para Cristina.

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quinta-feira, julho 14, 2011 - 12:15

Poesia :

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fabiovillela

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