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TRANSCENDO E TAL
Sei que vou morrer um dia.
Tem dia que já estou morto.
Desse jeito, vou vivendo,
vou sorrindo, padecendo,
mas – desculpe! – não reclamo.
Tudo o que tenho, amo.
Não sei o que isto parece,
mas aparências enganam.
O coração bate forte,
a mente zomba da morte,
e este dom que Deus me deu
sei que vou deixar pros meus.
A carcaça ainda é forte
(que tal um pouco de sorte?
Não faz mal para a moçada).
Segredos, não tenho muitos;
minha vida é um livro aberto (argh!)
com certas páginas arrancadas.
Mas os desejos...
Ah!... Os desejos...
Confesso
que nem às paredes confesso.
Mas é certo, amigo meu:
muitos são iguais aos seus.
Onde é que estava mesmo?
Ah, um dia vou morrer.
Por enquanto, escrevo a esmo,
mas quero mesmo é viver.
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Comentários
Re: TRANSCENDO E TAL
LINDO, GOSTEI, MEUS PARABÉNS1
md
Re: TRANSCENDO E TAL
Parabéns pelo belo poema.
Gostei.
Um abraço,
REF