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Transe
na azáfama da multidão sedenta
do sangue fresco dos réprobos…
O carrasco espera impaciente
segurando o machado amolado
ávido pelo exímio traspassar…
Regozija-se a cúria na tribuna
exibindo com alarde um sorriso
no motejo da obscena mancha…
As cabeças rolam decepadas
às mãos da atroz lâmina cega
desacreditadas pelo vil ruído…
Silencia-se o eco da revolta
entretendo o vulgo no festim
desta épica odisseia sem fim…
[i][size=medium]"Mors servituti turpitudinique anteponenda."[/size][/i]
[Cícero, De Officiis 1.23]
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Poesia :
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Comentários
Re: Transe
"A amizade e a gratidão nada podem contra a ambição."
(Marie-Madeleine de La Fayette)
...bem a minha grande ambição é estar no dia 9 de Julho a ouvir estes "anjinhos" no OPTIMUS ALIVE!09...é uma ambição mais pequena! 8-)
Ps: vou ver se arranjo uma vítima...ao menos... para trazer o carro depois da cerimonia do auto-de-fé ...que acabará de madrugada!
Re: Transe
Ola Moreno :-)
Silenciam-se os ecos ... dum dedo acusador...
Um poema brutal, um grito de revolta com a força do ultimo suspiro.
Beijo :oops:
"Acima de todas as liberdades, dê-me a de saber, de me expressar, de debater com autonomia, de acordo com minha consciência." (John Milton)
Nada mais posso acrescentar :lol:
Re: Transe
Bom poema
"O carrasco espera impaciente
segurando o machado amolado
ávido pelo exímio traspassar… "
Gostei
Abraço