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Tsunami

Na rotina tão estendida,
também estendo o meu corpo aqui.
Deito-me, relaxo,
mexo meu pescoço pro lado.
Olhar parado; tão cansado!
Atiro uma pedra no rio e continuo olhando de lado.

Acorde rio ? !
E olhes para mim? !
Diga-me. Responda-me?
Só quero saber de onde eu vim? !
Porque o mundo é velho,
e eu sei que a muito tempo estais ai !

"Viva a sua vida" responde-me o rio.
Até que ela venha a se acabar.
Partindo sem respostas,
porque eu não as tenho para lhe dar.
Vá e pergunte ao outro rio?
A duas léguas daqui!
não me perturbe,
não me incomode,
e me deixe aqui dormir.

Num único segundo,
já poderia ter girado ao redor do mundo;
mas meu destino é estar diante de ti.
Pego uma pedra e jogo no rio,
e a esse também pergunto:
Diga-me? Responda-me?
Só quero saber de onde eu vim? !
Porque o mundo é velho,
e eu sei que a muito tempo estais ai!

Por que jogas pedras em mim, que nada o fiz? ! !
Responde-me o rio.
Viva a sua vida e não venha mais me incomodar.
Partiras sem respostas,
porque respostas eu não as tenho para lhe dar.

Sem respostas;
infantilizado por não adquirir,
respostas dum rio nada calmo,
e dum outro muito bravo.
Peguei de uma grande pedra,
atirando-a no rio para me vingar.
Que novamente despertou-se dizendo:
Oh homem teimoso? !
Que sabes da resposta,
e que não me deixa dormir! !
Olhe para as costas que a resposta vem ali !

Então ali olhei,
e vi algo que eu devia questionar:
O porque de tantas águas vindo me purificar?
Então perguntei ao rio:
Rio? ! O que o mar vem fazer no campo? !
E olhe que já passou até pela cidade ! !
E eis que o rio respondeu-me dizendo:
Essa resposta eu a tenho para lhe dar.
O mar vem no veneno para também lhe prejudicar!
Dando as respostas,
dos anos em que tu jogaste,
lixo em alto-mar.
Ele vem com cardumes de peixes,
e daqui posso ouvi-lo dizendo:
Vidas ainda existem dentro de mim,
e só acabarão quando o autor dessas vidas,
disser-me que é o fim.

Então submerso;
clamei ao autor que imaginei,
segundo as palavras do mar;
dizendo nos pensamentos:
Deus? ! Se podes me ouvir?
Livra-me da fúria das águas,
que estão a me sucumbir.
Resgata-me para que eu possa contar,
as respostas a todos que queiram ouvir.

Então eis que agitado despertei,
olhando-me para mim.
Aliviado dizendo: Eu ainda estou aqui.
Próximo ao leito das águas onde adormeci.

E após tanto sonhar,
acordei e aprendi;
que as respostas estavam dentro de mim.
E após tantas pedras nas águas as descobri.
E até posso dizer:
Que já me sinto muito mais feliz.

Hoje; depois de tanto tempo ainda ouso,
o som das pedras afundando nos rios.
Sem respostas físicas eu só me deito,
a beira desses lindos rios.
Armazenando emoções ainda continuo jogando,
as mesmas pedras nos rios.

autor: Pessoas Boas

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segunda-feira, março 22, 2010 - 03:56

Poesia :

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PessoasBoas

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Comentários

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Re: Tsunami

A fantasia do poeta aqui bem ilustrada! :-)

imagem de mariacarla

Re: Tsunami

Amigo,

Por mais pedras que atiremos ao rio ele estará presente (esperemos) entre incógnitas e respostas ao poeta da Vida!

"Fosses tu um tufão,
encaminharias as fúrias
das águas calmissimas
do leito do rio
às ondas do oceano!
e com tais tempestades
terminarias...
com o lixo Humano!"

Beijinho

Carla

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