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Um fado no Tejo
Muitas vezes,
eis que me percebo caminhando
em estradas de remoto lugarejo
diviso povos, cidades, continentes
Muitas vezes,
eis que me percebo velejando
em mares nunca navegados dantes
diviso portos, enseadas, cabos
Muitas vezes,
eis que me percebo voando
em espaços nunca trilhados antes
diviso montes, cordilheiras, o universo
Muitas vezes,
eis que me percebo de passagem pelo Tejo
em sonhos de um jovem marujo
diviso Portugal e seus mistérios, ouço um fado e acordo..
AjAraújo, o poeta humanista, escrito em março de 2010.
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