CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
Uma luz branca
Se a vida é a sucessão
De dias e de noites
Que seja ela em progressão
Temporizada
Por um relógio de sol
Erguido no pátio interior
De um templo de contemplação.
Onde cada hora lhe comporte
A luz serena da razão
E que mais nítidas lhe torne
As turvas imagens da visão.
Este que aqui se apresenta aos caídos,
trás o sabor da terra na boca
e a vontade do vento presa nos pés.
É este estágio supremo
Que suspende o tempo
Sem o parar
Onde se atinge o equilíbrio
Sem atentar
Ao que, de real
Uma mentira tem de verdade
Descoberta
Por uma encoberta realidade.
Este que aqui se apresenta aos caídos,
mata a sede nas poças de chuva
e a fome nas pedras das encostas, viradas ao mar.
Seja a vida esta progressão
Temporizada
De dias e de noites iguais
Até ao juízo final, onde a morte
É a sucessão, anteriormente
Anunciada.
E da vida então vivida
Que se proceda no fim, à mutação
Quando a alma abandona o corpo
E se dê a comunhão
Do ser e do tempo já expirado
Com o restante universo
À luz de uma luz sempre branca.
Nuno Marques
Submited by
Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 1686 leituras
Add comment
other contents of nunomarques
Tópico | Título | Respostas | Views | Last Post | Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Geral | Apontamentos inúteis aos dedos de uma mão só | 1 | 1.077 | 06/17/2021 - 20:31 | Português | |
Poesia/Geral | Esclarecimento | 1 | 1.189 | 06/17/2021 - 17:51 | Português | |
Poesia/Geral | Cada noite é um poço onde o dia vai matar a sede | 0 | 493 | 09/29/2020 - 09:46 | Português | |
Poesia/Geral | Temporal | 1 | 988 | 02/27/2018 - 11:17 | Português | |
Poesia/Geral | A coisa mais estúpida do mundo | 1 | 1.475 | 02/27/2018 - 11:16 | Português | |
Poesia/Geral | Poema e chuva | 1 | 1.182 | 05/25/2014 - 04:17 | Português | |
Poesia/Geral | Debruçado sobre a janela | 0 | 1.253 | 03/17/2014 - 10:47 | Português | |
Poesia/Geral | Strange | 0 | 1.288 | 03/17/2014 - 10:44 | Português | |
Poesia/Geral | Viver é sair para a rua de manhã, aprender a amar e à noite voltar para casa. | 0 | 1.223 | 01/30/2014 - 20:37 | Português | |
Poesia/Geral | Interior | 0 | 1.108 | 09/15/2013 - 11:00 | Português | |
Poesia/Geral | Ilusório | 0 | 1.370 | 09/13/2013 - 17:26 | Português | |
Poesia/Geral | Momento | 0 | 1.166 | 05/21/2013 - 16:38 | Português | |
Poesia/Geral | “La folie” | 0 | 1.117 | 05/08/2013 - 14:44 | Português | |
Poesia/Geral | Á luz de uma lua de Saturno | 0 | 1.187 | 04/16/2013 - 09:10 | Português | |
Poesia/Geral | Insónia | 0 | 1.178 | 04/15/2013 - 11:25 | Português | |
Poesia/Geral | Caravelas azuis céu adentro por dois mil anos | 4 | 1.463 | 05/23/2012 - 23:28 | Português | |
Poesia/Geral | Concordata - O desejo | 2 | 1.407 | 05/14/2012 - 16:38 | Português | |
Poesia/Geral | Concordata - A cena | 1 | 1.546 | 03/07/2012 - 09:47 | Português | |
Poesia/Geral | Concordata - A máscara | 2 | 1.269 | 03/07/2012 - 09:43 | Português | |
Poesia/Geral | Os meus braços são estradas | 3 | 1.352 | 02/25/2012 - 16:59 | Português | |
Poesia/Geral | Dança bailarina até ao fim da noite | 5 | 1.471 | 02/19/2012 - 23:45 | Português | |
Poesia/Geral | Hoje, espero mais um pouco | 3 | 1.422 | 10/15/2011 - 17:04 | Português | |
Poesia/Geral | O complicado é pensar sobre... | 2 | 1.253 | 09/01/2011 - 11:23 | Português | |
Poesia/Amor | Ondas de impacto | 2 | 1.392 | 07/08/2011 - 03:48 | Português | |
Poesia/Geral | Navios fantasma | 0 | 1.157 | 05/13/2011 - 19:37 | Português |
Comentários
Uma luz branca/Nuno
Nuno,
Poema encantador, de uma beleza rara .A tua sensibilidade profunda de grande poeta cristalizou-se na excelência desse poema.
Adorei!!
Beijo
Suzete.
,
A luz...
Olá amigo!
Uma luz sempre branca que não poderia ter outro fim senão a beleza deste poema.
Este que aqui se apresenta aos caídos,
mata a sede nas poças de chuva
e a fome nas pedras das encostas, viradas ao mar.
Mais um poema para juntar à galeria daqueles que merecem ser lidos, relidos e apreciados.
Um abraço
rainbowsky
Soberba
Soberba a contrução.
A quietude de uma meditação, afecta aos tempos que passa, num relógio errante e divagante na alma do poeta.
O inrtercalar do devaneio com a ansia de querer a bom porto chegar!
Gostei bastante!
Soberba
Soberba a contrução.
A quietude de uma meditação, afecta aos tempos que passa, num relógio errante e divagante na alma do poeta.
O inrtercalar do devaneio com a ansia de querer a bom porto chegar!
Gostei bastante!