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Uma luz branca

 

 

Se a vida é a sucessão
De dias e de noites
Que seja ela em progressão
Temporizada
Por um relógio de sol
Erguido no pátio interior
De um templo de contemplação.
Onde cada hora lhe comporte
A luz serena da razão
E que mais nítidas lhe torne
As turvas imagens da visão.

Este que aqui se apresenta aos caídos,
                           trás o sabor da terra na boca
                                  e a vontade do vento presa nos pés.

É este estágio supremo
Que suspende o tempo
Sem o parar
Onde se atinge o equilíbrio
Sem atentar
Ao que, de real
Uma mentira tem de verdade
Descoberta
Por uma encoberta realidade.

Este que aqui se apresenta aos caídos,
                    mata a sede nas poças de chuva
                            e a fome nas pedras das encostas, viradas ao mar.

Seja a vida esta progressão
Temporizada
De dias e de noites iguais
Até ao juízo final, onde a morte
É a sucessão, anteriormente
Anunciada.
E da vida então vivida
Que se proceda no fim, à mutação
Quando a alma abandona o corpo
E se dê a comunhão
Do ser e do tempo já expirado
Com o restante universo
À luz de uma luz sempre branca.

 

 

Nuno Marques
 

Submited by

segunda-feira, janeiro 3, 2011 - 14:29

Poesia :

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nunomarques

imagem de nunomarques
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Comentários

imagem de SuzeteBrainer

Uma luz branca/Nuno

Nuno,

Poema encantador, de uma beleza rara .A  tua sensibilidade profunda de grande poeta cristalizou-se na excelência desse poema.

Adorei!!

Beijo

smileySuzete.

,    

imagem de rainbowsky

A luz...

Olá amigo!

Uma luz sempre branca que não poderia ter outro fim senão a beleza deste poema.

 

Este que aqui se apresenta aos caídos,
mata a sede nas poças de chuva
e a fome nas pedras das encostas, viradas ao mar.

 

Mais um poema para juntar à galeria daqueles que merecem ser lidos, relidos e apreciados.

Um abraço

 

rainbowsky

imagem de Mefistus

Soberba

Soberba a contrução.

 

A quietude de uma meditação, afecta aos tempos que passa, num relógio errante e divagante na alma do poeta.

O inrtercalar do devaneio com a ansia de querer a bom porto chegar!

 

 

Gostei bastante!

imagem de Mefistus

Soberba

Soberba a contrução.

 

A quietude de uma meditação, afecta aos tempos que passa, num relógio errante e divagante na alma do poeta.

O inrtercalar do devaneio com a ansia de querer a bom porto chegar!

 

 

Gostei bastante!

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