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VENDEDORES DE VENDAS ABREM OLHOS AO ABISMO


Sombrio, sucata de saudades.
Vaidades cizânias, contemporâneas.

Pacatos actos, demoníacos.
Serpentes de repentes voadoras.
Mentes confusas, medusas rasteiras,
promotoras de amores rentes ao passo do espírito.

Vendedores de vendas abrem olhos ao abismo,
olhos escorridos, rendados dor.

A palavra, semente de lugares galo.
A canção, praças de enforcamentos.

A pessoa, lixo povoado por cabeças de tempo inexacto,
Janeiro espantado, ziguezagueante.

Ventos culpados de tudo e de nada, acesos na língua.
Sopros gigantes, ausentes de propósito.

Poemas outonais, carnavais de musas a prazo,
sumptuárias.

Letra exagerada, orgia de rabiscos tiranos.

Imaginário de coisa alguma,
cardume de nenhures geocêntricos.

Nefastos alvos de conversa vaga,
fábulas rebeldes, teólogos sem ar.

Sentidos bruscos,
pulsões orientadas ao desvio.
Alçapão limite do orgânico e do psíquico.
Vasilhame de socorros, zangas anavalhadas.
Viagens de gente negada ao palco da multidão.

Nó do que não é dito,
obstáculo dito por não dito,
palmas por desatar aos manuscritos.

Voos escaldantes,
duelo de momentos inculpados ao mar.
Criações estimuladas por quem destrói,
oração de quem rói contrastes.

Perfume vago, parido de rosas sádicas.
Punhal de manhãs assassinas.

Autoridades meninas,
virgens antiquadas, pesticidas corpos da alma.

 

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segunda-feira, maio 2, 2011 - 22:40

Poesia :

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Henrique

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