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VENTO




Vento

 

O vento que sopra no arvoredo

Vais passando e nunca tens medo,

Trazes o frio ou o calor,

Sopras com raiva ou com amor.

Vais bramindo entre a folhagem,

Tudo levas na tua passagem,

Não dizes para onde vais,

Pois é, tu não tens pais.

Pertences ao tempo eterno,

Sem nascer de ventre materno,

Sopras no céu ou na terra,

Desconheces a paz ou a guerra.

Podes uivar como um lobo,

Ou até rir como um bobo,

Passas sempre sem olhar,

Quer em terra quer no mar.

Vento que és invisível,

Para ti nada é impossível,

Nunca tens contradições,

Nem sequer tens emoções.

Fazes o mar revoltado,

Quando sopras demasiado,

Ou fazes dele um cordeirinho,

Quando sopras de mansinho.

Vento que sopras tão profundo,

Neste tão violento mundo,

Arrasta contigo a violência,

E deixa ficar a inocência.

Entras sempre na casa da gente,

Isso ninguém desmente,

Precisamos de ti para viver,

Desde o nosso nascer.

Sopras para toda a humanidade,

Não com a mesma equidade,

Ora és brando ora agressivo,

E sempre muito expressivo.

Ainda nunca ninguém te viu,

Toda a gente já te sentiu,

Uns gostam e outros não,

E nunca pedes perdão.

Vento se és meu amigo,

Queria que me levasses contigo,

O mundo é louco demais,

E eu já não o aguento mais.

 

Tavira, 06 de Fevereiro de 2009 - Estêvão

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sábado, dezembro 8, 2012 - 13:20

Poesia :

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José Custódio Estêvão

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