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Versos Universais II
VERSOS UNIVERSAIS
Fitando todo aquele mar de treva
Diante de mim o Júpiter se eleva
Como se um mundo tornara-se alguém
A exibir seu único tempestivo olho...
Pensando em perguntar: "quem te fez caolho?"
Eu penso que capaz não haja ninguém...
Meteorito rasgando a escuridão
Tal qual lampejo de vida em Plutão
Tal múltiplos espasmos musculares,
Sem noção de quem lhes é todo ouvidos,
Na ignorância da crença a um pedido
Fazer as gentes erguem os olhares!
Ataviam-se e penso: passou do cúmulo!
Abra-se a terra, engula-nos tal um túmulo!
E o cosmos nunca sentirá a perda.
Não desta raça primitiva e tosca
Cega a toda luz que há em si, feito moscas
Se encantando por pedaços de merda!
'Stirado ao chão todo corpo um dia fica:
É a gravidade quem nos crucifica
Tal qual uma medalha no seu peito.
Tal uma divindade --indivisível, cruel,
Egoísta -- nega aos vis mortais o céu,
Transmuta a (boa) vontade em despeito!
Por que diabos não fui parido cego?!
Não há muita diferença entre o morcego
E o soturnismo de minha pessoa:
Nas horas em que mais se faz o frio
Nos manifestamos ante o vazio,
Sobrevivemos de tudo o que ecoa
Pelo imenso do espaço abobadado
Sob o qual sinto-me sempre velado...
Sob o qual tremo com a psicótica
Idéia de que a lua, de tal forma irada,
Tal qual fosse uma órbita revirada,
Me vigia, exposta apenas a esclerótica!
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Comentários
Cosmos
Sentem-se assim diante da grandiosidade do céu, esquecendo... Renegando! a grandiosidade que cada um carrega dentro de si.
E muito obrigado por ler, amiga Suêdy ((:
Pequenos somos diantes desTe
Pequenos somos diantes deste imenso universo!E a vida humana é quase nada em relação aos céus!
Belo poema!