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vertente de ti em mim. ( Devaneio I )

Vertente de ti em mim...

Tenho entranhada tua poesia em mim,
muso, maestro, ator, louco arlequim.
Saio no luscco-fusco, do céu, no jardim,
no nada te busco, na voz de um serafim.

No véu gris deste dia cinza insano,
busco em mim, por debaixo do pano,
um só sossobrante momento humano,
(sou desejo brotante, louco e insano).

Sei que não existes em carne e osso,
(será que afundo-me, este é negro fosso?)
Não sei, não pergunto, pois é inventado,
é meu, é teu, é junto, é irreal,imaginado.

Pois tenho por princípio desde o início,
as letras que verto é meu único vício,
Então portanto que venha o encanto,
pois é sentimento, sacro, quase santo.

Mas quente é meu corpo, de pele meu manto.
É vivo não é morto, é surto e encanto,
Calor que invade, que sinto, que arde,
terror de espera, à noite bem tarde.

Em alcova secreta, desperta, acorda,
desejos de beijos invadem-me em orda,
e sorvo-te em letras, insone, acordada,
nua, em pele tua, pela lua vigiada.

Sinto espectro que atravessa meu teto,
então não estás longe estás bem perto,
sinto teu cheiro agreste pungente,
e nesse momento és músculo!!! És gente!!!

Atravessas um mar para ter-me a amar.
Em sonho durmo em sonho é meu despertar,
saboreio-te lendo, tendo-te até o sol raiar,
derreto-me em lágrimas por na manhã acordar.

Sentindo-me vazia, feia, triste e fria,
comendo alpiste, fingindo alegria,
Passei o dia fixe, enxergando miragem,
entre uma e outra, de píxel mensagem.

Poeta te desconheço, te quero, mereço?
(não te peço nada desde o começo).
Além deste amor inocente, iluminado.
Em letras te tenho, em letras és amado.

E que seja assim até o fim do nosso louco poema...
Tenho-te em letras e isso já vale-me a pena.

Quando todos os amores falham a gente inventa um. Ao meu muso inventado, que tem todas as coisas que um homem deve ter, inclusive meu amor.

Surtei, alucinei inventei,
sonhei que amava um rei,
uma sultão, um vulcão
um poeta de doce
coração. Pirei...por um muso inventado eu me apaixonei.

Então de minha mão surgiu vivo a meu lado, O personagem, O muso, O poeta encantado, que doravante será cantado em prosa e poesia, que doravante será o rei guerreiro errante que cantarei em doce e sutil agonia.

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terça-feira, novembro 24, 2009 - 23:57

Poesia :

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analyra

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Comentários

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Re: vertente de ti em mim. ( Devaneio I )

Intrinseco envolvente
Poema excelente!!! :-)

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