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VICIO
Dentro dessa garrafa existe um homem
de quem o nome há muito tempo esqueci,
mas se olhares bem, eu sei que o verás
pois ele se conserva nu e belo como era
no dia em que nessa garrafa o escondi.
Sim, foi puro egoísmo o que fiz, bem sei,
mas como poderia eu guarda-lo para sempre
se não nessa garrafa transparente,
a qual eu sempre sei onde o encontrar
pois na verdade a trago comigo
para onde eu estou, vou ou irei.
E se sinto dele a falta, tudo fica fácil,
eu pego a garrafa e a abraço,
e assim fazendo a ele também toco
e o tocando de seu próprio toque me recordo
ou relembro, ou revivo que sei eu,
alem do fato que nessa garrafa eu guardo o homem,
que um dia pensa que de mim partiu, ou que se foi,
sem sequer notar que o prendi comigo,
dentro de uma garrafa que ainda escondo,
mas que busco sempre que desejo
rever a quem um dia me deu o abrigo
de seu corpo quente, pele macia,
e em seu sexo me fez tudo esquecer.
O momento do gozo dura só segundos,
ainda bem pois que se mais durasse,
a mim e a todos iria matar ou enlouquecer.
Assim que se só, de novo eu me sinto ou me encontro,
em um banco perto do bar eu me sento, eu me escondo,
e abro a garrafa e o começo a beber.
Poema dedicado ao Nono.
N.Y., 17 de Fevereiro, 2011
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