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Vidas de vidro num sutil beijo sem lábios

Vidas de vidro num sutil beijo sem lábios
de um Astro andarilho
 

Quando todos fugiram das noites de frio
Eu estive perambulando pelo pó dos passeios
A passar por todas as constelações
À procura de uma estrela solitária.

Conheci as vidas de vidro,
Frágeis e delicadas
Pendidas por pobres palavras
No pedestal do medo

Despeito seria uma palavra com breve passagem do exato,
Já que,
Escalei com unhas e dedos penhascos rochosos
Na terra descoberta de abdômen teu.

Com a ponta dos lábios encontrei teu céu,
Ali, fiz-me gemido.
Quando naveguei tua respiração
Construí teus beiços mordiscados
Naquela cintura de faceta de meu anônimo corpo.

Mas a noite sempre fora ligeira demais
E quase nunca nos revelava o que outrora era,
Quase ainda
Ainda quase...

A noite faleceu com minha língua em teu umbigo de margarida.
Foste o meu jardim naquela esquecida fazenda do vale encantado,
Foste o maior de todos os imensos beijos
A dar o que me faz pular em parques da infância.
Foi na tristeza da felicidade que debrucei no parapeito da varanda
Movendo-se caindo foi-se lá de cima,
Com asas desconhecidas de penas a pensar,
Quão calma capa de alma era tua alma
No repente assolado insétil
Em seios macios de perfume
A valer todos os preços de todos os tempos.

Suei e sangrei nos olhos
E não desisti.
Dentre todas,
Uma
Dentre as mais belas de todas,
Uma
A única
A mais linda estrela de todo universo.
Pulei cosmos
Dormi e tu passaste por mim,
Dormiste e passei por ti,
Mas havia um canto
E um sonho
Que voavam plenos ao nosso lado.

Calculo o teu amor
Calculo o teu ciúme
De vez em quando puro, deveras impróprio.

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sexta-feira, julho 20, 2012 - 19:35

Poesia :

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Alcantra

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Adorei ... bjs na alma...

Adorei ...

bjs na alma...

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Adorei ... bjs na alma...

Adorei ...

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