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VIVER E RECORDAR

Viver e recordar

 

 

 

 

Tenho o cotovelo em cima da mesa e a mão segurando o queixo,

Os meus olhos olham para o chão os meus pensamentos não deixo,

Para ir meditando no meu eu, no meu passado e no meu futuro,

O meu passado já passou, não está esquecido mas foi duro,

Agora estou meditando no tempo que já passou e já não volta mais,

O princípio do passado eu não quero, fez-me dar muitos lamentos e ais,

Quero pensar no agora que sou feliz e do passado não tenho saudades,

Quero pensar no presente e no futuro e até nalguns milagres,

Que transformaram a minha vida como um salto imenso para cima,

Sem perder a dignidade, fortalecendo a minha auto estima.

 

 

 

Vale a pena viver só para dizer vale a pena estar aqui recordando,

O passado que já não volta e o meu tempo vai andando,

Dando passos para a frente em direcção ao meu destino que desconheço,

Para trás não quero voltar, do passado triste eu nunca me esqueço,

Pois lembrá-lo dá-me forças para que nunca mais volte a acontecer,

Lutando pela vida que hoje tenho, que me deu trabalho a vencer,

Fraco eu não quero ser, mas herói de mim mesmo por ter vencido,

Valeu a pena lutar pela vida e a minha guerra não ter perdido,

Guerra sem sangue, mas com muito esforço, lágrimas e suor,

E dentro da minha alma que é grande nunca perdi o meu amor.

 

 

 

De criança a ancião, já lá vai tanto tempo que agora eu vou recordando,

À medida que vou vivendo neste tempo mas sempre lutando,

Com as armas do meu saber e da minha grande vontade de vencer,

Levantando-me sempre quando caio, com grande vontade de viver,

Porque vale sempre a pena lutar e nunca do meu futuro desistir,

Parando de vez em quando para pensar e de mim mesmo poder rir,

Das dificuldades que fui ultrapassando levando –as sempre de vencida,

E assim fui sempre vivendo engrandecendo a minha vida,

Que agora dela tenho orgulho e por isso digo valeu a pena lutar,

Com o meu grupo de guerreiros, a família, que eu consegui criar.

 

 

 

Tavira, 22 de Março de 2012-Estêvão

 

 

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quarta-feira, fevereiro 25, 2015 - 11:10

Poesia :

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José Custódio Estêvão

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