CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
“Iscos”
_ Como podemos, nós, começar a discutir? ...
- Perguntou, afinado, o ignorante sabichão. Respondi-lhe que, não tinha nada para discutir: que o meu negócio era escrever. Não compreendeu o contexto; gostava da descriminação:
- Vêm do mato...
- Insinuou, pensativo. Por um pedaço de tempo, vi a sua presença esvaiar-se para dentro dos seus olhos; pairando, para lá do horizonte, onde, as fronteiras encerram o punhal das emoções.
Fez perfeito, para me levar consigo: Estendeu-me uma ponte e fez-se ao caminho; eu sabia muito bem o que é que ele queria dizer; mas, não queria repetir as mesmas palavras; já estava cansado do assunto: Enquanto ele falava eu mantinha o silêncio; “por vezes, o Homem, calçava as botas nos pés sem ter que se chatear consigo próprio”. Olhava para mim e pedia o galardão: Num ilogio.; aí: Eu quebrava o silêncio e demolia a ponte que ele me lançára:
- É mesmo do mato que vem a vida. Respondi-lhe, sobre a mortalha da ponte vencida. Todo o horizonte volveu aos seus olhos “como quem enche uma garrafa”.
Ameaçou, nos meus olhos se desinfreiar; mas, o meu Universo não tem límites e soltei-o: Livre; nas pradarias, a pastar.
O Homem queria discutir; mas o animal andava livre: Perdendo-se nas preocupações inuteis da vida e, o pastor não tinha ovelhas para guiar; pois que,ele próprio era o gado tresmalhado; que procurava os dentes do lobo para repousar.
- Pode ser que a vida venha do mato; como vem de qualquer outro lugar; mas, precisa de ser civilizada! ...
- O Homem preocupava-se demais com a civilização e perguntei-lhe: O que é que tinha a ver a civilizaçã do século, com o cívismo; a humildade: Tudo andava distorcido e não percebia se, a civilizaço era civil, ou se, cívil, seria a humanidade; ou, então: Quais seriam os animais cívilizados?
- O cão; o gato...
- Respondeu, meio ataralhocado. Animais domésticos? ... Apeteceu-me pôr vaselina na resposta dele e faze-lo sair pela serventia da casa: “A porta da entrada”; fui mais paciente:
- Desde que vi um porco andar de bicicleta acredito em tudo. Disse-lhe, enquanto lhe puchava as rédeas:
- Uma galinha a pôr o ovo na mão do dono; um galo que proteje o lavrador dos lobos...
- Disse, com um sorriso trocísta: Puchei-lhe as rédeas de vez, até se deitar e disse-lhe, que: O que ele viéra buscar em mim: Venceu; e que: Era tempo de se fazer à vida; porque, o vento dizia que ia chover e que: Melhor o seria: Que não constipasse as solas das botas curriqueiras.
Desapareceu; só veio deitar duques, aonde não apanhou ternos: Livrou-se dos caninos ferrados.
***
Nota: O cordeiro disfarçado de lobo e o lobo disfarçado de cordeiro.
Submited by
Prosas :
- Se logue para poder enviar comentários
- 2227 leituras
other contents of antonioduarte
Tópico | Título | Respostas | Views |
Last Post![]() |
Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Geral | “Na Magia do Enredo” | 0 | 1.789 | 05/01/2012 - 05:46 | Português | |
Poesia/Poetrix | “Abismo” | 4 | 2.130 | 05/01/2012 - 05:37 | Português | |
Poesia/Pensamentos | “Para lá de mim…” | 2 | 2.049 | 05/01/2012 - 03:24 | Português | |
Poesia/Soneto | “Quadra a ti” (desato) | 2 | 1.349 | 05/01/2012 - 02:46 | Português | |
Poesia/Meditação | “Crédito primeiro” | 0 | 1.728 | 04/29/2012 - 07:00 | Português | |
Poesia/Geral | “Caminho de árvore” | 0 | 1.553 | 04/27/2012 - 04:40 | Português | |
Poesia/Geral | “Fonte do tempo” | 3 | 2.142 | 04/26/2012 - 02:05 | Português | |
Poesia/Geral | “Carreiro Universal” | 0 | 2.066 | 04/26/2012 - 01:52 | Português | |
Poesia/Poetrix | “Inda, na garganta” | 0 | 1.739 | 04/24/2012 - 07:24 | Português | |
Poesia/Geral | “… Sou, gota por verter” | 2 | 4.313 | 04/24/2012 - 05:27 | Português | |
Poesia/Meditação | “Delicadas da minha voz” | 0 | 2.674 | 04/23/2012 - 17:58 | Português | |
Poesia/Meditação | “Profeta” | 4 | 2.198 | 04/23/2012 - 17:48 | Português | |
Poesia/Poetrix | “Prova de ânimo” | 2 | 1.306 | 04/21/2012 - 03:13 | Português | |
Poesia/Intervenção | “Quero com urgência” | 9 | 1.291 | 04/21/2012 - 03:12 | Português | |
Poesia/Geral | “Desespero ambulante” | 2 | 1.678 | 04/21/2012 - 03:10 | Português | |
Poesia/Geral | “Manhã solitária” | 2 | 1.612 | 04/17/2012 - 03:34 | Português | |
Poesia/Amor | “Onde calo, enfim” | 2 | 1.844 | 03/28/2012 - 13:42 | Português | |
Poesia/Meditação | “Tanto por dizer” | 1 | 2.112 | 01/08/2012 - 08:46 | Português | |
Poesia/Amor | “Caminhos de amor” | 0 | 1.690 | 01/08/2012 - 01:52 | Português | |
Poesia/Tristeza | “Ânsia selvagem” | 1 | 2.071 | 01/07/2012 - 04:22 | Português | |
|
Fotos/Eventos | Lançamento do livro "Pulsar Sombrio" | 1 | 5.042 | 12/19/2011 - 23:18 | Português |
Poesia/Meditação | “Templo profundo” | 1 | 1.228 | 12/19/2011 - 23:11 | Português | |
Poesia/Geral | “Uma vontade que espera” | 1 | 1.236 | 12/15/2011 - 00:17 | Português | |
Poesia/Amor | “Quadra a ti; Ato ” | 1 | 2.546 | 12/13/2011 - 02:12 | Português | |
Poesia/Arquivo de textos | “O Engreno” | 0 | 2.661 | 12/04/2011 - 00:37 | Português |
Add comment