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34- O HOMEM

O homem passa a vida a fazer planos para ela mas, a vida ao longo dos tempos de vida é que lhe traça os planos que ele nem sempre aproveita e despreza, porque ele quer sempre mais do que aquilo lhe concede e por isso, às vezes falta – lhe a vida e nem os seus planos nem os da vida se concretizam, porque os estragou antes de acontecerem; o homem assim como progride também regride mas, às vezes avança tão demasiado impulsionado pela ambição que a vida o obriga a recuar, para começar tudo de novo e, por vezes, nem o chega a iniciar, pela perigosidade dos seus actos.

Quando se corre depressa demais, o cansaço pode ser tão grande que, nem chega a recuperar, por isso se deve dar um passo de cada vez para não tombar de vez.

Mas, o homem planeia a sua vida em cima de hipóteses, como se fosse um frágil castelo de cartas, estando sujeito a que um pequeno sopro de ar deite tudo a perder mas, nunca deve desistir, porque foi assim que apareceram muito eventos, no entanto, deve – se planear tudo com muito cuidado, sem recorrer ao sacrifício da própria vida, porque os planos que ela tem para nós não os conhecemos e só o futuro nos mostrará se o quadro é negro ou colorido. Para se chegar a saber, é preciso caminhar com muito cuidado dando os passos com precisão e lutar para segurar os planos que a vida nos oferece, sem recorrer aos planos da vida dos outros. Devemos cingir – nos aos planos da nossa vida, sem ferir ou matar os planos da vida de outrem, porque só assim, é que os planos da nossa vida têm valor e mérito e a nossa consciência tem paz e dignidade.

Muitas vezes, infelizmente o homem esconde – se, fica sossegado, estende a barriga ao sol e planeia assaltar os planos da vida dos outros, considerando – se golpes sujos ou baixos, tal como os parasitas o fazem quando vivem à custa dos outros mas, ao mesmo tempo, não invejam o trabalho que os outros tiveram para conseguirem o que possuem e que o alheio tanto inveja.

O homem é um animal inteligente mas, não sabe que a inveja é como uma serpente que rói o cérebro e corrompe o coração e muitas vezes, o leva a cometer erros fatais, porque ela é superior à sua honestidade.

Os muitos milhões de seres humanos que compõem a sua sociedade, são essencialmente desconfiados nas relações sociais de uns com os outros, por causa das acções negativas que já foram vítimas, pois costuma - se dizer até que, gato escaldado de água fria tem medo; o tal conto do vigário que o ser humano é especialista na sua qualidade de parasita, arquitectando planos para a vida, não para trabalhar honestamente mas, sim para apanhar os incautos na sua teia; são estes que estragam ou adulteram os planos que a vida tem para eles, sendo mais fácil tirar aos outros do que lutar para conseguir obter o que necessita ou que deseja.

Se a sociedade humana não tivesse regras sociais para serem cumpridas e justiça para castigar os maldosos, a vida seria um autêntico inferno e a vida de cada pessoa estaria constantemente muito mais em perigo, porque ninguém respeitava ninguém, era a lei do salve - se quem puder. Mesmo havendo regras para cumprir, as cadeias estão cheias de criminosos, portanto, uma sociedade sem regras, não havia lugar debaixo do chão para albergar tantos corpos e se calhar nem a terra os queria, expulsando – os para o infinito ou para o nada.

Principalmente nas cidades cosmopolitas, parte da sociedade humana são delinquentes ou patifes, marginais das regras que normalmente escolhem a noite para pôr em prática os planos que arquitectaram durante o dia, embora hoje eles não tenham hora para atacar, assaltando, matando, roubando, sem dó nem piedade, porque a vida dos outros para estes é igual a nada, o que interessa são os bens que os outros possuem, adquiridos muitas vezes com suor, sangue e lágrimas, para eles, os marginais viverem melhor que os que trabalham honestamente. Fazem lembrar as cigarras, insectos nocivos à agricultura que, nas épocas calmosas e quentes, levam o tempo todo a cantar, enquanto os outros trabalham para sobreviver, porque elas apenas se servem do que já existe, feito pelos outros para se alimentarem, tal como o fazem alguns seres humanos marginais ou não, em relação à sociedade em que estão inseridos.

As sociedades humanas, para sua legítima defesa, têm de se armar até aos dentes para defender a sua vida e os seus bens, daqueles que são donos de planos nefastos para vida dos seus semelhantes. Daqui a muitos anos, gostaria de voltar a viver, nem que fosse por pouco tempo, só para matar a curiosidade de como será viver em sociedade. Com o caminho e a evolução que a criminologia tem, com certeza que, teria vontade de desaparecer novamente, porque nessa época futura será preciso que, 50 por cento da sociedade humana pertença à polícia da outra metade e não sei se será suficiente, no entanto, o futuro ninguém conhece e prognósticos podemos fazer em função daquilo que se vive no momento e futuro, costuma – se dizer a Deus pertence.

O homem, com os seus planos nefastos estraga a vida em comum e em democracia e depois queixa - se das ditaduras dominantes que são impostas nalgumas sociedade humanas, porque é o próprio homem que estragam os planos para viver  livremente em sociedade. O homem mata a sua própria liberdade, assim como tenta matar a natureza que o criou, por causa dos planos que arquitectou para obter dinheiro e poder, sem olhar a meios, o que é preciso é obtê – lo, seja a que pretexto for e custe o que custar.

Que o arco íris da vida abrace a Terra e nos faça praticantes do bem e do amor; pessoalmente, foi a vida que me ofereceu sempre os seus planos e bendita a hora que os recebi e segui e, por isso, a ela lhe agradeço, a pessoa que sou hoje, podendo afirmar, quando nos aparece a  felicidade, é um pecado deixá - la fugir, porque as oportunidades para ela aparecer não são muitas, embora para ela  vir até nós, tenhamos de lutar muito, no entanto, nunca devemos construir a nossa felicidade à custa da felicidade dos outros. Cada um de nós é que tem que agarrar a nossa própria felicidade e, para isso, temos de trabalhar muito mas, honestamente, senão não é felicidade, é um pesadelo para a vida toda, e nessa altura estragamos efectivamente, todos os planos que a vida tem para nós.

Ganhar a vida com o nosso esforço e mérito, não existe nada mais bonito e a vida, que a vida nos proporciona, só é aquilo que nós formos capazes de fazer por ela e para ela. Portanto, ao lutarmos pela vida, façamo - lo com todo o amor, não fazer dela um faz de conta, estando à espera do esforço dos outros, para vivermos a nossa própria vida. Viver assim, não é vida, não dá dignidade e para a termos, temos de ser dignos de nós próprios.

Qualquer trabalhador que aceite um trabalho para executar e ganhar a vida, tem que ser honesto consigo próprio, para que o seu trabalho seja honesto; para isso, em qualquer trabalho que nos propomos executar, devemos dar tudo o que temos dentro de nós, para dignificar esse trabalho e consequentemente, dignificarmo - nos a nós próprios. Se nos contratam para exercer uma profissão mesmo que, não seja de acordo com a nossa vocação, devemos entregarmo - nos a ela o melhor que sabemos e se não conseguirmos render o suficiente, devemos ser honestos connosco próprios e tentar mudar, para não prejudicarmos quem nos deu trabalho e a nossa própria dignidade e ficarmos de consciência tranquila. Não se deve pensar só no dinheiro mas também no nosso carácter e nosso profissionalismo eticamente bem formado; se procedermos ao contrário, estamos a fingir, enganando – nos a nós próprios, agindo como se tivéssemos dupla personalidade e estarmos bem ora com Deus, ora com o diabo.

Não devemos esquecer que a sorte depende essencialmente do nosso esforço e que ela protege os audazes, porque lutam por aquilo que querem.

A nossa sociedade humana está cheia de pessoas com dupla personalidade e fingem toda a vida, mostrando sempre várias facetas ou caras mas, para estes, a esperança é curta e vergonhosa que só prejudicam a personalidade do homem. Conhecendo bem a sociedade humana e as suas maldades, chego à conclusão que existem mais perigos nela, do que na selva propriamente dita, porque aqui não existem golpes baixos. É por isso que o ser humano é muito desconfiado, desconfiando às vezes até da própria sombra e algumas vezes é tão desonesto que, até a própria sombra rouba.

Muitas pessoas não se importam de não estarem adequadas ao seu trabalho, desde que pingue o dinheiro todos os meses e desde que isto aconteça, para eles está tudo bem, escondendo – se da realidade e prejudicando – se a si próprias; estas pessoas pensam precisamente ao contrário, alheiam – se da realidade, o que é preciso é que o dele não falte mesmo que profissionalmente nada valha.

É pura verdade que, hoje em dia, muitas pessoas para sobreviver, têm de fazer coisas que, nada tem a ver com a sua vocação, porque a falta de empregos é imensa e elas não têm por onde escolher, sendo desculpável porque o poder da sobrevivência é muito mais forte. No entanto, há casos em que as pessoas acomodam – se e deixam correr o tempo, desde que corra o dinheiro para os seus bolsos e nunca tentam mudar para se aperfeiçoarem e progredirem; a isto chama – se desonestidade que a sociedade humana é farta.

Muitos elementos  desta sociedade humana, conseguem andar mascarados algum tempo da vida ou toda ela, fazendo – se passar por aquilo que não são mas, há sempre um momento, em que deixa cair essa máscara e só nessas alturas é que os outros conhecem os outros, no entanto, nunca é tarde para conhecer.

É mais fácil mostrar a realidade, sem esconder absolutamente nada, porque foi assim que a natureza nos fez, sem recorrer a subterfúgios e não vale a pena entrar pela ficção, porque é um mau caminho para a nossa vida, especialmente para o nosso carácter e reputação perante a sociedade que está sempre à espreita de apontar o dedo.

O trabalho que cada pessoa faz, deve ser remunerado consoante a sua capacidade de produção, para que os maus trabalhadores, não sejam recompensados de igual modo como os bons, pois caso contrário, os bons tornam – se maus, como se fossem fruta estragada junto da boa que, com o tempo e o contacto também apodrecem. Não é Justo que duas pessoas com a mesma categoria profissional, em que um dá tudo o que tem e o outro finge que trabalha, sejam recompensados da mesma forma, porque o primeiro, acaba por perder a sua auto estima na sua profissão, chegando à conclusão que não compensa ser bom trabalhador, perante a entidade patronal; se o que é bom trabalhador recebe ao fim do mês o mesmo que o outro que finge, fazendo do seu trabalho um faz de conta, não enganando só o patrão mas, também a si próprio, o outro é muito capaz também de entrar no jogo do faz de conta mas, se for inteligente e tiver vontade de progredir não se deixa levar pela atitude negativa do seu colega mandrião. Isto, normalmente acontece nos serviços do Estado, patrão que não reconhece quem é bom ou quem é mau e é por isso mesmo que, o funcionalismo público não goza de boa reputação no seio dos contribuintes ou da sociedade.

A educação da sociedade humana, depende da escola e da família.

 

 

 

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quarta-feira, fevereiro 28, 2018 - 15:40

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José Custódio Estêvão

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Comentários

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Quantos sonhos mortos na retina um homem possui...

Quantos sonhos mortos na retina um homem possui...

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Pensamento

São infinitos, mas os sonhos também morrem.

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que não morram

antes do Homem, que não morram

Quantas vezes o sol-se-pôr no meu sonhar veio,

Quantas vezes comecei um sonhar p’lo meio,

Quantas vezes convenci a consciência que era tudo real

Por isso hoje decidi morrer

imagem de José Custódio Estêvão

Homem

Os sonhos depois da morte podem continuar, não pelo sonhador que partiu, mas pela concretização dos sonhos que continuam vivos a bem da sociedade.
Estêvão

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Carpe Diem, Estêvão ...

Carpe Diem, Estêvão ...

imagem de José Custódio Estêvão

Homem

Só morremos definitivamente quando deixarmos de ser recordados, mas os sonhos realizados nunca vão morrer, são herdados, mas não se sabe se serão reativados, porque a sua essência não morre.

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