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ALESSANDRA NÃO GOSTA DE AZEITONAS

Foram os assírios, fenícios ou armênios, os primeiros povos a conhecerem a oliveira, e provavelmente a difundiram no Mediterrâneo Oriental. Pode ter sido considerada uma planta sagrada quando de seu descobrimento e desde a antiguidade na Grécia e entre povos vizinhos, seus ramos simbolizaram a vitória. Uma lenda entre os Hebreus, conta que a oliveira nasceu no Monte Tabor, quando Adão completou 930 anos. Pressentindo a própria morte, lembrou que Javé lhe havia prometido o “óleo da misericórdia”; foi então que um querubim depositou em sua boca, uma semente que germinou após sua morte. Você tem certeza que a árvore no meio do jardim Éden era uma macieira?

O Monte das Oliveiras deve seu nome a essa importante frutinha. Sem ela não teríamos os requintados e finos azeites, de perfumes e paladares sutis, tão leves que uma gota deste precioso líquido evapora tão rápido quanto uma lágrima. Mas estas verdes frutinhas não nascem prontas para o consumo.
O processo de transformação da amarga oliva, de fruto virgem em comestível, poderíamos supor ter sido elaborado por algum asceta com as abençoadas características de Jô, pois carece de concentração litúrgica, paciência e sabedoria quase divinas. O resultado disso podemos saborear nas mesas do mundo inteiro. Todo mundo gosta de azeitonas. Era o que eu pensava. Todo mundo, menos a Alessandra. No aniversário do China, ela com o sorriso de satisfação fez desaparecer aquele avantajado pedaço de bolo salgado, mas ela não comeu nenhuma azeitoninha. Desprezou todas na beirada do prato; e sabem porquê? Porque a Alessandra é diferente!

Somos todos diferentes!  Somos individualmente singulares no processo divino da criação. Quando dizemos que somos todos iguais, estamos somente exercitando nossa compreensão e discernimento. Na verdade sabemos que temos enormes diferenças e estamos dando a entender que, fraternalmente aspiramos respeitá-las. Se falássemos que, perante Deus somos todos iguais, estaríamos falseando a verdade se em nosso íntimo não estivéssemos querendo anunciar que cada indivíduo é um ser único.

Deus criou toda perfeição na desigualdade e aí também reside toda justiça divina. Somos todos diferentes, mas especialíssimos e eqüitativamente amados pelo Pai. O pai entende as diferenças e por isso ama a todos. Façamos o mesmo. É nosso dever acatar as diferenças, mesmo que não consigamos entendê-las. Não sendo assim, iremos causar distanciamentos e gerar discriminações. Saberemos viver entre os “iguais-diferentes”, quando no sentido Paulino pudermos nos suportar e nos apoiarmos uns nos outros. Somos criados à imagem e semelhança do Pai, e graças a Deus, somos todos diferentes. Todas as diferenças, todas as variedades justificam a beleza e riqueza da criação e se traduzem em harmonia.

JTHAMIIEL

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sexta-feira, agosto 26, 2016 - 16:59

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